segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Reencarnar é uma lei natural - Uma reflexão


A reencarnação não é de origem ocidental, foi emprestada das religiões orientais, principalmente hinduísta.
É o mesmo que:
1. “palingenesia”,
2. pluralidade de existências,
3. vidas sucessivas,
4. transmigração da alma

A Alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, pode acabar de depurar-se sofrendo a prova de uma nova existência. Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal. Todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles. (O Livro dos Espíritos, 166)


O dogma da reencarnação se funda na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento.
Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se?


Não são filhos de Deus todos os homens?


Todos_os_Espíritos_tendem_para_a_perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova. – O Livro dos Espíritos, 171

O Porquê da Vida – (Léon Denis)
Pelo que respeita às religiões, que asiáticos, bramanistas e budistas, partilham da nossa crença.


Dela partilharam também os egípcios, os gregos e os celtas, nossos antepassados. Por conseguinte, ela faz parte da nossa verdadeira herança nacional.


Vimos que o Cristianismo primitivo dela esteve impregnado até ao século quarto.


Presentemente a encontramos mesmo no Islamismo, sob a forma de certas suratas do Alcorão. Segue-se que a reencarnação é ou foi admitida em todas as religiões.


Só o Catolicismo e os outros ramos do moderno Cristianismo escapam à regra universal, desde que fizeram silêncio e mergulharam em trevas certas passagens da Escritura que afirmavam as vidas anteriores.


A Filosofia colheu dela as mais belas inspirações. Pitágoras, que a ensinou, foi considerado um gênio por toda a AntigUidade. Platão recebeu o cognome de «divino», mesmo dos Pais da Igreja do Oriente.


A Escola de Alexandria, com a sua plêiade de escritores Filon, Plotino, etc. — lhe deveu suas obras mais brilhantes.


Kant, Spinoza a entreviram e, mais recentemente, a lista dos homens ilustres que a adotaram desde Victor Hugo até Mazzini, ocuparia uma página inteira.


Ainda neste momento ela reaparece nas teorias de Bergson, que parecem destinadas a revolucionar todo o pensamento contemporâneo.


Quanto à moral, essa só tem que beneficiar da doutrina das vidas sucessivas.


A convicção de ser ele próprio o artífice de seus destinos, de que tudo o que fizer, de mau ou de bom, recairá sobre a sua cabeça como sombras ou raios de luz, servirá ao homem de estímulo para a sua marcha ascendente e o obrigará a vigiar escrupulosamente seus atos. Cada uma das nossas existências, boas ou más, sendo a conseqüência rigorosa das que a precederam e a preparação das que hão de seguir-se, nos males da vida veremos o corretivo necessário das nossas faltas passadas e hesitaremos em recair nelas. Esse corretivo será muito mais eficaz do que o temor dos suplícios_do_inferno, nos quais ninguém mais crê, nem mesmo os que deles falam com uma segurança mais fingida do que real.


O princípio das reencarnações tudo aclara.
Todos os problemas se resolvem.
A ordem e a justiça surgem no Universo.
A vida toma um caráter mais nobre, mais elevado.
Torna-se a conquista gradual, pelos nossos esforços amparados do Alto, de um futuro sempre melhor.
O homem sente engrandecer-se a sua fé, a sua confiança em Deus e, desta concepção larga, a vida social recebe profundas repercussões.
Ao inverso, não é uma idéia pobre e lamentável a que consiste em acreditar que Deus nos concede uma única vida para nos melhorarmos e progredirmos?

Pois quê! Uma existência que não dura mais do que alguns anos, alguns meses e, para muitos, algumas horas apenas, que é de oitenta ou cem anos para outros, tão desarmônica conforme as condições e os meios em que nos achamos colocados, conforme as faculdades e recursos que nos são outorgados, pode constituir o eixo único sobre o qual repouse todo o conjunto dos nossos destinos imortais?
- Léon Denis, livro: O Porquê da Vida



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“Antes de nascer, a criança já viveu e a morte não é o fim, A vida é um evento que passa como o dia solar que renasce”. (de um papiro egípcio de 5000 anos)

Reencarnação é o retorno sucessivo de um mesmo Espírito à vida em diferentes corpos. Reencarnar é uma lei tão natural quanto nascer, viver ou morrer. “Se é assim – poderão perguntar – por que, então, a ciência a desconhece?” O motivo é simples: como tudo o que é humano, o conhecimento científico também é progressivo. A verdade das academias é sempre provisória. Qualquer colegial de hoje considera normais inúmeros fatos que ontem eram totalmente ignorados pelos cientistas: o movimento da Terra, as partículas menores que o átomo, a composição química da água, etc. Diariamente a ciência revê suas teses da véspera. Mas o conhecimento humano só avança através de pesquisa e, em geral, os que negam a teoria da reencarnação jamais a estudaram seriamente. Entretanto, alguns cientistas de renome que a pesquisaram concluíram tratar-se de fato inegável: Thomas Edson (inventor da lâmpada elétrica), William Crookes (famoso físico e químico falecido em 1919), Charles Richet (Prêmio Nobel de Medicina de 1913), e tantos outros.
Atualmente, muitas universidades já possuem grupos de pesquisa sobre este importante tema. Certamente chegará o dia em que a reencarnação também constará daquela lista progressiva de assuntos “corriqueiros”. “De onde se origina a certeza dos Espíritas sobre esta questão? Em que se baseiam para a afirmarem com tanta convicção?” Estas são perguntas freqüentes e cabíveis. Merecem resposta.

Cumpre esclarecer, que a reencarnação não foi inventada pelos Espíritas: é uma das idéias mais antigas da Humanidade. Um papiro egípcio de 3000 A.C. já a menciona. Outro, mais recente, denominado “Papiro Anana” (1320 A.C.), diz: “O homem retorna à vida varias vezes, mas não se recorda de suas pretéritas existências, exceto algumas vezes em sonho. No fim, todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas.”

Na Grécia clássica, Pitágoras (580 a 496 A.C.); já divulgava o reencarnacionismo. No diálogo Phedon, Platão cita Sócrates (469 a 399 A.C): “É. certo que há um retorno à vida, que os vivos nascem dos mortos”. Esta mesma certeza consta da maioria das religiões antigas, como o Hinduísmo, Budhismo, Druidismo, etc. “Mas estas são religiões primitivas, não merecem crédito!” – dirão alguns.

A reencarnação está também na Bíblia. Jeremias (1:4-5): “Foi-me dirigida a palavra do Senhor nestes termos: Antes que eu te formasse no ventre de tua mãe, te conheci; e, antes que tu saísses do seu seio, te santifiquei e te estabeleci profeta entre as nações.” Ou, no Novo Testamento: “Digo-vos, porém, que Elias já veio e não o reconheceram.” (…) “Então os discípulos compreenderam que (Cristo) lhes tinha falado de João Batista.” (Mateus, XVII, 12-13). E ainda: “Não pode ver o Reino de Deus, senão aquele que nascer de novo.” (Jesus, em João, III, 3).

A convicção dos Espíritas, entretanto, decorre de outras razões: Se entendemos que não existe acaso – pois todo efeito possui uma causa – e se cremos que Deus é Justo, somente a reencarnação explicará as diferenças econômicas, sociais, físicas e morais entre os homens. Somente ela é compatível com o conceito de evolução, também evidente em toda a natureza. É ela que confere sentido à existência humana. E, também, a única explicação racional para o “deja vu”, esta sensação comum de já conhecermos pessoas ou lugares que nunca vimos. Além disso, a reencarnação é confirmada universalmente por todos os Espíritos Superiores, assim chamados pela coerência e pela elevação moral e intelectual que demonstram no conjunto de suas mensagens mediúnicas.

Por outro lado, a hipótese de que tenhamos uma única vida é inteiramente incompatível com a admirável perfeição existente em todo o universo conhecido. A idéia de que, após a morte do corpo, nossas individualidades se percam em um “grande nada” é, esta sim, insustentável, pois a própria ciência já descobriu que “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Assim, se temos tantas evidências à favor da reencarnação, o que nos oferecem contra a mesma? Apenas a simples opinião dos materialistas e de algumas igrejas. Quais os seus argumentos? Ainda não os apresentaram.

Revista Espírita Allan Kardec, nº 37.

Espíritas pela Segunda Vez


O número dos reencarnados detentores de conhecimento anterior do Espiritismo aumenta e aumentará a cada dia.
Quanto mais a individualidade consciente mentalize o Mundo Espiritual numa vida física, mais facilidades obtém para lembrar-se dele em outra.
A militança doutrinária, o exercício da mediunidade ou a responsabilidade espírita vincam a alma de profundas e claras percepções que transpõem a força amortecedora da carne.
Os princípios espíritas, a pouco e pouco, automatiizar-se-ão no cosmo da mente, através de reflexos morais condicionados pela criatura, assentados no sentimento intuitivo da existência de Deus e no pressentimento da sobrevivência após a morte que todos carregam no imo do ser.
Daí nasce o valor inapreciável da leitura, da meditação e da troca de idéias sobre as verdades que o Espiritismo encerra e a sua conseqüente realização no dia-dia terrestre.
Estudar e exercer as obrigações de caráter espírita é construir para sempre, armazenar para o futuro, libertar-se de instintos e paixões inferiores, rasgar e ampliar horizontes e perspectivas que enriqueçam as idéias inatas, destinadas a se desdobrarem quais roteiros de luz, na época da meninice e da puberdade, nas existências próximas.
A maior prova da eternidade do Espiritismo, nos caminhos humanos, é essa consolidação de seus postulados na consciência, de vida em vida, de século em século, esculpindo a memória, marcando a visão, desentranhando a emotividade, sulcando a inteligência e plasmando idéias superiores nos recessos do espirito.
A Terra recepciona atualmente a quinta geração de profitentes do Espiritismo, composta de número maior de criaturas que receberão a responsabilidade espírita pela segunda vez. Esse evento, de suma importância na Espiritualidade, reclama vigilante dedicação dos pais, mais viva perseverança dos médiuns, mais acentuada abnegação dos evangelizadores da infância, maior compreensão de todos.
Um exemplo de alguém, uma página isolada, um livro que se dá, um fato esclarecedor, uma opinião persuasiva, uma contribuição espontânea, erigir-se-ão, muita vez, por recurso mais ativo na excitação dessas mentes para a verdade, catalisando-lhes as reações de reminiscências adormecidas, que ressoarão à guisa de clarins na acústica da alma.
Amigo, o Espiritismo é a nossa Causa Comum. Auxilia os novos-velhos mergulhadores da carne, divide com eles os valores espirituais que possuis. Oferece-lhes a certeza de tua convicção, a alegria de tua esperança, a caridade de tua ação.
Se eles descem à tua procura, é indispensável recordes que esses companheiros reencarnantes contigo e o teu coração junto deles "serão conhecidos", na Vida Maior,"por muito se amarem".
CARLOS LOMBA – do livro Seareiros de Volta