No próximo sábado 22 de dezembro 2012 o Caminho da Paz promoverá a palestra deste livro em destaque, dando assim continuidade ao projeto Mês Espírita D. Yvonne Pereira. A palestra será proferida pelo nosso irmão Darísio Galvão às 17hs30min.
Introdução ao livro:
Muitas cartas temos
recebido, principalmente depois que saiu a lume o nosso livro “Devassando o
Invisível”, onde algo relatamos do que conosco há sucedido, referência feita ao
nosso âmbito mediúnico. Desejariam os nossos correspondentes que outro
noticiário naqueles moldes fosse escrito, que novos relatórios viessem, de
algum modo, esclarecer algo do obscuro campo mediúnico, esquecidos de que o
melhor relatório para instrução do espírita e do médium são os próprios compêndios
da Doutrina, em cujos testos os médiuns se habilitam para os devidos
desempenhos. Confessamos, entretanto, que não atenderíamos aos reiterados
alvitres que nos fizeram os nossos amigos e leitores se não fora a ordem
superior recebida para que o tentássemos, ordem que nos decidiu a dar o
presente volume à publicidade. Como médium jamais agimos por nossa livre
iniciativa, senão fortemente acionada pela vontade positiva das entidades
amigas que nos dirigem, pois entendemos que o médium por si mesmo nada
representa e que jamais deverá adotar a pretensão de realizar isto ou aquilo
sem antes observar se, realmente, é influenciado pelas verdadeiras forças
espirituais superiores.
Disseram-nos os nossos Instrutores
Espirituais há cerca de seis meses, quando aguardávamos novas ordens para o que
ainda tentaríamos no ângulo da mediunidade psicográfica:
“Narrarás o que a ti mesma sucedeu, como
médium, desde o teu nascimento. Nada mais será necessário. Serás assistida
pelos superiores do Além durante o decorrer das exposições, que por eles serão
selecionadas das tuas recordações pessoais, e escreverás sob o influxo da
inspiração.»
E por essa razão ai está o livro
Recordações da Mediunidade, porque estas páginas nada mais são que pequeno
punhado de recordações da nossa vida de médium e de espírita.
Muito mais do que aqui fica poderia ser
relatado. Podemos mesmo disser que nossa vida foi fértil em dores, lágrimas e
provações desde o berço. Tal como hoje nos avaliamos, consideramo-nos
testemunho vivo do valor do Espiritismo na recuperação de uma alma para si
mesma e para Deus, porque sentimos que absolutamente não teríamos vencido, nas
lutas e nos testemunhos que a vida exigia das nossas forças, se desde o berço
não fôramos acalentada pela proteção vigorosa da Revelação Celeste denominada Espiritismo.
Poderíamos, pois, relatar aqui também as
recordações do que foi o amargor das lágrimas que choramos durante as
provações, as peripécias e humilhações que nos acompanharam em todo o decurso
da presente existência, e os quais a Doutrina Espírita remediou e consolou. Mas
para que tal explanação pudesse ser feita seria necessário apontar ou criticar
aqueles que foram os instrumentos para a dor dos resgates que urgia
realizássemos, e não foram acusações ao próximo que aprendemos nos códigos
espíritas, os quais antes nos ensinaram o Amor, a Fraternidade e o Perdão.
Encobrindo, pois, as personalidades que se tornaram pedra de escândalo para a
nossa expiação e olvidando os seus atos para somente tratarmos da sublime tese espírita,
é o testemunho do Perdão que aqui deixamos, único testemunho, ao demais, que
nos faltava apresentar e o qual os nossos ascendentes espirituais de nós exigem
no presente momento.
Ao que parece, o presente livro é a despedida da
nossa mediunidade ao público. Obteremos ainda outros ditados do Além? É bem
possível que não, é quase certo que não. O mais que ainda poderá acontecer é a
publicação de temas antigos conservados inéditos até hoje, porquanto nunca
tivemos pressa na publicação das nossas produções mediúnicas, possuindo ainda,
arquivados em nossas gavetas, trabalhos obtidos do Espaço há mais de vinte
anos. As fontes vitais que são o veículo da mediunidade: fluido vital, fluido
nervoso, fluido magnético, já se esgotam em nossa organização física. O próprio
perispírito encontra-se traumatizado, cansado, exausto. As dores morais,
ininterruptamente renovadas, sem jamais permitirem um único dia de verdadeira
alegria, e o longo exercicio de uma mediunidade positiva, que se desdobrou em
todos os setores da prática espírita, esgotaram aquelas forças, que, realmente,
tendem a diminuir e a se extinguirem em todos os médiuns, após certo tempo de
labor. Se assim for, consoante fomos advertida pelos nossos maiores espirituais
e nós mesma o sentimos, estaremos tranquila, certa de que nosso dever nos
campos espíritas foi cumprido, embora por entre espinhos e lutas, e, encerrando
nossa tarefa mediúnica literária na presente jornada, cremos que poderemos orar
ao Criador, dizendo:
— «Obrigada, meu Deus,
pela bênção da mediunidade que me concedeste como ensejo para a reabilitação do
meu Espírito culpado”. A chama imaculada que do Alto me mandaste, com a
revelação dos pontos da tua Doutrina, a mim confiados para desenvolver e
aplicar, eu ta devolvo, no fim da tarefa cumprida, pura e imaculada conforme a
recebi: amei-a e respeitei-a sempre, não a adulterei com idéias pessoais porque
me renovei com ela a fim de servi-la; não a conspurquei, dela me servindo para
incentivo às próprias paixões, nem negligenciei
no seu cultivo para benefício do próximo, porque todos os meus recursos
pessoais utilizei na sua aplicação. Perdoa, no entanto, Senhor, se melhor não
pude cumprir o dever sagrado de servi-la, transmitindo aos homens e aos
Espíritos menos esclarecidos do que eu o bem que ela própria me concedeu.”
E, assim sendo, neste
crepúsculo da nossa penosa marcha terrena recordamos e aqui deixamos, aos
leitores de boa vontade, parcelas de nós
mesma, nas confidências que aí ficam registradas, patrimônio sagrado de quem
nada mais, nada mais nem mesmo um lar, possuiu neste mundo. E aos amados Guias
Espirituais que nos amaram e sustentaram na jornada espinhosa que se apaga, o
testemunho da nossa veneração.
Rio de Janeiro, 29 de
Junho de 1966. YVONNE A. PEREIRA
Destacando um belíssimo estudo
do livro “Recordações da Mediunidade”.
“A obsessão muito
prolongada pode ocasionar desordens patológicas e reclama, por vezes,
tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para
restabelecer a saúde do organismo. Destruída a causa, resta combater os
efeitos.” (Veja-se «O Livro dos Médiuns», cap. 23º — «Da obsessão»)
Uma abordagem muito
interessante sobre o está destacada na pergunta que faz parte do capítulo “O
complexo Obsessão”.
“As doenças mentais são
sempre vinculadas a problemas espirituais? Mesmo aquelas que têm substrato
orgânico?”
A resposta do Espírito Dr.
Bezerra de Menezes muito bem abordada, com um teor doutrinário que merecem de
todos nós uma reflexão e estudo profundo.