Conforme
Allan Kardec a Obsessão é o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certas
pessoas. Nunca é praticado senão por espíritos inferiores que procuram dominar
o obsediado. É a ação persistente que um espírito
mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a
simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação
completa do organismo e das faculdades mentais.
Com Joanna de Ângelis (espírito) a obsessão é - Distúrbio espiritual de longo curso, a
obsessão procede dos painéis íntimos do homem, exteriorizando-se de diversos
modos, com graves consequências, em forma de distonias mentais, emocionais e
desequilíbrios fisiológicos.
Inerentes à individualidade que
lhe padece o constrangimento, suas causas se originam no passado culposo, em
cuja vivência o homem, desatrelado dos controles morais, arbitrariamente se
permitiu consumir por deslizes e abusos de toda ordem, com o comprometimento
das reservas de previdência e tirocínio racional.
Amores exacerbados, ódios incoercíveis, dominação absolutista,
fanatismo injustificável, avareza incontrolável, morbidez ciumenta, abusos do
direito como da força, má distribuição de valores e recursos financeiros,
aquisição indigna da posse transitória, paixões políticas e guerreiras,
ganância em relação aos bens perecíveis, orgulho e presunção, egoísmo nas suas
múltiplas facetas são as fontes geratrizes desse funesto condutor de homens,
que não cessa de atirá-los nos resvaladouros da loucura, das enfermidades
portadoras de síndromes desconhecidas e perturbantes do suicídio direto ou
indireto que traz novos agravamentos àquele que se lhe submete, inerme, à ação
destrutiva.
Nos três momentos da obsessão, destacamos um que tem afetado
muito: "A fascinação," que significa ação de fascinar, atrai, cativar,
encantamento, enlevo, feitiço, ilusão e o mais preocupante atualmente:
DESLUMBRAMENTO.
Analisando
deslumbramento, destaque para embaçamento da vista que pode ser causado pela
exposição da luz (narcisismo) ou seja, a pessoa está encantada, que sente
admiração excessiva.
Manoel
P. de Miranda através da psicografia de Divaldo Franco em 19/07/1977, alerta
para o problema na mensagem NARCISISMO, na qual destacamos alguns trechos para
leitura e reflexões íntimas.
1.
O narcisismo é desvio de comportamento que
perturba o ser humano colhido pelos conflitos que não consegue diluir. Também
pode ser resultado de alguma frustração que leva o paciente ao retorno ao
período infantil.
2.
Auto apaixonando-se, o narcisista se atribui valores e direitos
que a outrem não concede, tornando-se o epicentro dos próprios e dos interesses
gerais.
3.
À medida que se lhe agrava o distúrbio, aliena-se do convício
social saudável, acreditando que não tem muito a lucrar com a atenção e os
cuidados que poderia direcionar às outras pessoas.
4.
Esse comportamento, às vezes, é sutil, agravando-se na razão que
se lhe fixam no imo a presunção, a ausência de autocrítica, embora a severidade
com que analise a conduta alheia, utilizando-se de palavras ásperas e
julgamento severo como transferência daquilo de que inconscientemente se faz
merecedor.
Uma
questão que merece ser analisado no momento é que denominamos de “narcisismo digital”. Será que
estamos vivendo na atualidade este fascínio?
“O homem não raramente é obsessor de si mesmo.
Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa
oculta, derivam do Espírito do próprio individuo. São doentes de alma”.
- Allan Kardec