sábado, 31 de agosto de 2019

Toda violência doméstica é repudiável

Violência, Abuso, Agressão


“Discute-se muito hoje sobre o futuro, sobre o tipo de mundo que queremos deixar aos nossos filhos, que sociedade queremos para eles. Creio que uma das respostas possíveis se encontra pondo o olhar em vós, nesta família que falou, em cada um de vós: deixemos um mundo com famílias. É o melhor legado”. Papa Francisco

Os conflitos sociais representam uma das principais causas de sofrimento no mundo contemporâneo, pelo colapso no atendimento às necessidades humanas básicas, quais sejam: alimentação, habitação, saúde, educação, segurança e transporte. Entretanto, esclarece a Doutrina Espírita, em determinadas circunstâncias estes conflitos podem produzir reações positivas por parte de governantes e de pessoas esclarecidas, formadoras de opinião, desenvolvendo ações efetivas capazes de modificar o curso nefasto dos acontecimentos.

As vítimas, muitas vezes silenciosas, são submetidas a algum tipo de sofrimento indescritível.

A violência doméstica é um problema atual que atinge, milhares de crianças, adolescentes e mulheres. Fazem parte da violência doméstica as agressões físicas e psicológicas, sendo as mais comuns os espancamentos, a negligência em relação aos cuidados com os bebês e as crianças, e o abuso sexual.

A violência doméstica se encontra em todas as classes sociais, mas muitas vezes é agravada pelo estado de miséria de uma família. A miséria aparece aliada à ignorância (não no sentido escolar do termo, mas a ignorância da brutalidade) e se dá no meio da fome, da tensão, em conluio com o álcool e com as drogas. E então, a violência se torna a linguagem de cada dia. Nesse sentido, a sociedade que não dá oportunidades justas de educação, trabalho e desenvolvimento humano é co-responsável por essa geração de crianças feridas. (Dora Incontri)


Em função disto, temos uma extensão gravíssima do problema que é a violência urbana, com um aumento significativo, gerando um caos junto a população em razão dos frequentes relatos de assaltos, atropelamentos, homicídios e sequestros.

As famílias estão cada vez mais isoladas dentro de suas habitações, construindo muros altos ou colocando grades elétricas nas residências; instalando mecanismos de vigilância ou de segurança e, mesmo assim, não se sentem a salvo da ação criminosa.

Violência doméstica é todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar em comum. Pode acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos), ou unidas de forma civil (como marido e esposa ou genro e sogra).

A violência doméstica pode ser subdividida em violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Também é considerada violência doméstica o abuso sexual de uma criança e maus tratos em relação a idosos.

Toda violência doméstica é repudiável, mas os casos mais sensíveis são a violência doméstica infantil, porque as crianças são mais vulneráveis e não têm meios de defesa. Mesmo quando a violência doméstica não é dirigida diretamente à criança, esta pode ficar com traumas psicológicos.
Muitos casos de violência doméstica ocorrem devido ao consumo de álcool e drogas, mas também podem ser motivados por ataques de ciúmes.

Muitas famílias vivem e revivem agressividades múltiplas, influenciadas pela violência que, insistentemente, é veiculada pelos noticiários, pelos documentários, pelos filmes, pelas torpes telenovelas e pelos programas de auditório (cada vez mais obscuros de valores éticos).

Alguns familiares assimilam, subliminarmente, essas informações e, no quotidiano, sobretudo, reagem, violentamente, diante dos reveses da vida ou perante as contrariedades corriqueiras. A brutalidade familiar tem esmaecido, consideravelmente, o caminho para Deus.

Há os que condenam a violência alheia, mas, no entanto, no dia-a-dia, ao invés de agirem de forma pacífica e fraterna, são quais androides, revidando com a mesma moeda as agressividades sofridas.
Existem aqueles casais que dizem viver um amor recíproco e, no entanto, quando há qualquer desentendimento entre eles, são extremamente hostis um com o outro.

Há os que veem no cônjuge um verdadeiro teste de paciência, pois os seus "santos" não se "cruzam". Mais ainda, quando o assunto são os filhos, há pais que dizem adorar todos eles, mas os consideram espíritos imaturos, que dão muito trabalho e, não raro, desgostos. A vida em família, nessas condições, transforma-se em verdadeiro tormento.

Na verdade, se não os aceitarmos, hoje, como são, teremos de aceitá-los amanhã, pois as leis da vida exigem, segundo nos ensinou Jesus, que nos entendamos com os nossos irmãos de penosa convivência 'enquanto estivermos a caminho com eles'.

A fuga aos deveres atuais será paga mais tarde com os juros devidos. Os filhos difíceis são filhos de nossas próprias obras, em vidas passadas, que a Providência Divina, agora, encontra a possibilidade de nos unir pelos laços da consanguinidade, dando-nos a maravilhosa chance de resgate, reparação e os serviços árduos da educação. (Jorge Hessen).

Lei Maria da Penha
A lei nº 11.340 de 7 de Agosto de 2006, também conhecida como Lei Maria da Penha, tem como objetivo lidar de forma adequada com a problemática da violência doméstica.

Segundo o artigo 5º da lei "configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial".

No capítulo 9 do Evangelho segundo o espiritismo (Allan Kardec) nos itens de 1 a 5, sobre "injúrias  e violências", podemos começar a refletir sobre o nosso dia a dia, que afinal de contas não difere muito da época de Jesus.

Todas as vezes que pensamos nisso, imediatamente nos vêm à mente as injúrias e violências modernas, que não são tão modernas assim...

Estudos
Evangelho segundo o Espiritismo

A fé sincera e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiara em si mesmo.

INJÚRIAS E VIOLÊNCIAS
1. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra. (Mateus,V: 4).

2. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Mateus,V: 9)
.
3. Ouvistes que foi dito aos antigos? Não matarás, e quem matar será réu no juízo. Pois eu vos digo que todo o que se ira contra o seu irmão será réu no juízo; e o que disser a seu irmão: raca, será réu no conselho; e o que disser: és louco, merecerá a condenação do fogo do inferno. (Mateus,V:21-22).

4. Por essas máximas, Jesus estabeleceu como lei a doçura, a moderação, a mansuetude, a afabilidade e a paciência. E, por consequência, condenou a violência, a cólera, e até mesmo toda expressão descortês para com os semelhantes. Raca era entre os hebreus uma expressão de desprezo, que significava homem reles, e era pronunciada cuspindo-se de lado. E Jesus vai ainda mais longe, pois ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.

É evidente que nesta, como em qualquer circunstância, a intenção agrava ou atenua a falta. Mas por que uma simples palavra pode ter tamanha gravidade, para merecer tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei de amor e caridade, que deve regular as relações entre os homens, manter a união e a concórdia. É um atentado à benevolência recíproca fraternidade, entretendo o ódio e a animosidade. Enfim, porque depois da humildade perante Deus, a caridade para com o próximo primeira lei de todo cristão.

5. Mas o que dizia Jesus por estas palavras: "Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra?" Não ensinou ele a renúncia aos bens terrenos, prometendo os do céu?

Ao esperar os bens do céu, o homem necessita dos bens da terra para viver. O que ele recomenda, portanto, é que não se dê a estes últimos mais importância que aos primeiros.

Por essas palavras, ele quer dizer que até agora os bens da terra foram açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos mansos e pacíficos. Que a estes faltam frequentemente o necessário, enquanto os outros dispõe do supérfluo. E promete que justiça lhes será assim na terra como no céu, porque eles serão chamados filhos de Deus. Quando a lei de amor e caridade for a lei da humanidade não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados nem espezinhados pelo forte e o violento. Será esse o estado da Terra, quando, segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus, ela estiver transformada num mundo feliz, pela expulsão dos maus.

Para saber mais:
https://revistaforum.com.br/blogs/ativismodesofa/naturalizacao-da-violencia-contra-mulher-em-frases-cotidiano/

sábado, 24 de agosto de 2019

A cada vez que morremos ganhamos mais vida. Victor Hugo



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Encontros e Despedidas

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

 Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida... 

(Milton Nascimento / Fernando Brant)


Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.
O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: Já se foi.
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha, quando estava próximo de nós.
Continua tão capaz, quanto antes, de levar ao porto de destino as cargas recebidas.
O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo.
E talvez, no exato instante em que alguém diz: Já se foi, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: Lá vem o veleiro.
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: Já se foi.
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas         conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.
Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.
E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: Já se foi, no mais além, outro alguém dirá feliz: Já está chegando.
Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.
Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.
Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro, partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da Imortalidade que somos  todos nós.

Victor Hugo, poeta e romancista francês, que viveu no século XIX, falou da vida e da morte dizendo:
A cada vez que morremos ganhamos mais vida. As almas passam de uma esfera para a outra sem perda da personalidade, tornando-se cada vez mais brilhante.
Eu sou uma alma. Sei bem que vou entregar à sepultura aquilo que não sou.
Quando eu descer à sepultura, poderei dizer, como tantos: meu dia de trabalho acabou. Mas não posso dizer: minha vida acabou.
Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte.
O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem. Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente.

Fonte: Momento Espírita

Além, Morte, Fé, Céu, Deus, Religião

Estudos:


150 – b) A alma não leva nada deste mundo?
— Nada mais que a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou de amargor, segundo o emprego que tenha dado à vida. Quanto mais pura para ela for, mais compreenderá a futilidade daquilo que deixou na Terra.
A libertação da alma e do corpo se opera gradualmente e com uma lentidão variável, segundo os indivíduos e as circunstâncias da morte. Os laços que unem a alma ao corpo não se rompem senão pouco a pouco, e tanto menos rapidamente quanto a vida foi mais material e mais sensual. (O Livro dos Espíritos, nº 155)
A Alma não se perde na imensidade do Infinito, como geralmente se figura; ela erra_no_espaço e, o mais freqüentemente, no meio daqueles que conheceu, e sobretudo daqueles que amou, podendo se transportar instantaneamente a distâncias imensas.
____Ela conserva todas as afeições morais; não esquece senão as afeições materiais que não são mais da sua essência. Por isso, vem com alegria rever seus parentes e seus amigos, e é feliz por dela se lembrarem (Revista Espírita, 1860, Os amigos não nos esquecem no outro mundo. Idem, 1862

O amor que as une é, para elas, a fonte de uma suprema felicidade. Elas não experimentam nem as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. Um estado de contemplação perpétua seria uma felicidade estúpida e monótona, própria do egoísta, uma vez que sua existência seria uma inutilidade sem limites. A vida espiritual, ao contrário, é uma atividade incessante pelas missões que os Espíritos recebem do ser supremo, como sendo seus agentes no governo do Universo; missões que são proporcionais ao seu adiantamento e das quais são felizes, porque lhes fornecem ocasiões de se tornarem úteis e de fazerem o bem. (O Livro dos Espíritos, nº 558: Ocupações e missões dos Espíritos - Revista Espírita, 1860; Os Espíritos puros; a morada dos bem-aventurados - Idem, 1861, Madame Gourdon). Nota: Convidamos os adversários do Espiritismo e aqueles que não admitem a reencarnação, a darem aos problemas acima uma solução mais lógica, por qualquer outro princípio que o da pluralidade das existências.
____Depois da morte, a diferença entre a alma do sábio e do ignorante, do selvagem e do homem civilizado, é a mesma diferença, aproximadamente, que existe entre eles durante a vida, porque a entrada no mundo dos Espíritos não dá à alma todos os conhecimentos que lhe faltavam sobre a Terra.
Allan Kardec



sábado, 17 de agosto de 2019

Transição Planetária - Ficção, Fantasia, Realidade? Data limite!!!



Mãos, Terra, Próxima Geração
Não consigo me contentar em ver este maravilhoso Universo e concluir que tudo é resultado de força bruta. Sinto que todo esse assunto é profundo demais para o intelecto humano. É como um cão tentando especular sobre a mente de Newton.
Charles Darwin

A transição planetária ocorre na Terra desde sua criação... é constante.

 11 - A previsão dos movimentos progressivos da Humanidade nada apresenta de surpreendente, quando feita por seres desmaterializados, que vêem o fim a que tendem todas as coisas, tendo alguns deles conhecimento direto do pensamento de Deus. 


Pelos movimentos parciais, esses seres vêem em que época poderá operar-se um movimento geral, do mesmo modo que o homem pode calcular de antemão o tempo que uma árvore levará para dar frutos, do mesmo modo que os astrônomos calculam a época de um fenômeno astronômico, pelo tempo que um astro gasta para efetuar a sua revolução. (Sinais dos Tempos - A Gênese de Kardc)...

[ ] De duas maneiras se executa esse duplo progresso: uma, lenta, gradual e insensível; a outra, caracterizada por mudanças bruscas, a cada uma das quais corresponde um movimento ascensional mais rápido, que assinala, mediante impressões bem acentuadas, os períodos progressivos da Humanidade. 


Esses movimentos, subordinados,  quanto às particularidades, ao livre-arbítrio dos homens, são, de certo modo, fatais em seu conjunto, porque estão sujeitos a leis, como os que se verificam na germinação, no crescimento e na maturidade das plantas. Por isso é que o movimento progressivo se efetua, às vezes, de modo parcial, isto é, limitado a uma raça ou a uma nação, doutras vezes, de modo geral.




Imigração dos Espíritos superiores para a Terra.

(Sociedade Espírita de Paris, 7 de outubro de 1864. - Médium, Sr. Delanne.)

Falar-vos-ei esta noite sobre as imigrações de Espíritos avançados que vêm se encarnar sobre vossa Terra. 

Já esses novos mensageiros retomaram o bastão de peregrino; já se espalham aos milhares sobre o vosso globo; por toda a parte estão dispostos pelos Espíritos que dirigem o movimento da transformação por grupos, por séries. 

Já a Terra estremece ao sentir em seu seio aqueles que outrora viu passarem através de sua Humanidade nascente. Ela se regozija em recebê-los, porque pressente que vêm para conduzi-la à perfeição, tornando-se os guias dos Espíritos comuns que têm necessidade de serem encorajados por bons exemplos.

Sim, grandes mensageiros estão entre vós; são aqueles que se tornarão os sustentáculos da geração futura. 

À medida que o Espiritismo vai crescer e se desenvolver, Espíritos de uma ordem cada vez mais elevada virão sustentar a obra, em razão das necessidades da causa. Por toda a parte Deus distribui sustentáculos para a Doutrina; eles surgirão em tempo e lugar. Assim, sabei esperar com firmeza e confiança; tudo o que foi predito acontecerá, como o disse o santo livro, até um iota.

Se a transição atual, como vem de dizer o mestre, levantou as paixões e fez surgir a ligação dos Espíritos encarnados e desencarnados, ela também revelou o desejo ardente, e uma multidão de Espíritos de uma posição superior nos mundos dos turbilhões solares, de virem novamente servir aos desígnios de Deus para esse grande acontecimento
.
Eis porque dizia há pouco que a imigração de Espíritos superiores se operaria sobre a vossa Terra para ativar a marcha ascendente de vossa Humanidade. Redobrai, pois, de coragem, de zelo, de fervor pela causa sagrada. Sabei-o, nada deterá a marcha progressiva do Espiritismo, porque poderosos protetores continuarão vossa obra. MESMER.


Sobre as criações fluídicas.
(Sociedade de Paris, 14 de outubro de 1864. - Médium, Sr. Delanne.)

Disse brevemente algumas palavras sobre os grandes mensageiros enviados entre vós para cumprirem sua missão de progresso intelectual e moral sobre o vosso globo. 

Se, nessa ordem, o movimento se desenvolve, e toma proporções que notais a cada dia, cumpre-se um outro, não só no mundo dos Espíritos que deixaram a matéria, mas também importante na ordem material; quero falar das leis de depuração fluídica.

O homem deve não só elevar sua alma pela prática da virtude, mas deve também depurar a matéria. Cada indústria fornece seu contingente a esse trabalho, porque cada indústria produz misturas de toda espécie; essas espécies liberam fluidos que, mais depurados, vão se juntar na atmosfera aos fluidos similares que se tornam úteis às manifestações dos Espíritos dos quais falastes há pouco.

Sim, os objetos procriados instantaneamente pela vontade, que é o mais rico dom do Espírito, são hauridos nos fluidos semi-materiais do corpo chamado perispírito, dos habitantes da erraticidade. Eis porque, com esses elementos, podem criar objetos segundo seu desejo.

O mundo dos invisíveis é como o vosso; em lugar de ser material e grosseiro, é fluídico, etéreo, da natureza do perispírito, que é o verdadeiro corpo do Espírito, haurido nesses meios moleculares, como o vosso se forma de coisas mais palpáveis, tangíveis, materiais.

O mundo dos Espíritos não é o reflexo do vosso; é o vosso que é uma grosseira e muito imperfeita imagem do reino de além-túmulo.

As relações desses dois mundos existiram sempre. Mas hoje o momento é chegado em que todas essas afinidades vão vos ser reveladas, demonstradas e tornadas palpáveis.

Quando compreenderdes as leis das relações entre os seres fluídicos e aqueles que conheceis, a lei de Deus estará perto de ser posta em execução; porque cada encarnado compreenderá a sua imortalidade, e desse dia se tornará não só um ardente trabalhador da grande causa, mas ainda um digno servidor de suas obras. 

MESMER.
ALLAN KARDEC.

sábado, 10 de agosto de 2019

Quais os motivos que podem levar um adolescente ou jovem a experimentar drogas?



Menina, Mulher, Depressão

“A vida necessita de pausas.” ( Carlos Drummond de Andrade)
Introdução:

Como todos já sabem, a adolescência é uma fase muito difícil na vida do ser humano.É a fase das transformações, onde os jovens se acham os donos do mundo. É nessa fase em que há mais casos de drogas. 

O jovem precisa de atenção, quando é recusado seu cérebro contesta, ai só Deus sabe o que pode acontecer. Começa pelo uso de drogas, depois furtos para sustentar vícios, quando a família vai perceber o jovem já está perdido na vida do crime. 

Mas não é por isso que vamos deixar nossos jovens fazerem o que quiserem, nesse caso cabe ao pais educarem seus filhos. Neste trabalho mostraremos algumas dicas para evitar que os jovens caiam no mundo das drogas. O que fazer antes, durante e depois para ajudá-los.

Seria muito fácil para todos nós, se houvesse uma ou várias razões que explicassem integralmente por que alguém faz a escolha de usar substâncias que entorpecem-drogas.

O comportamento do uso de drogas e o desenvolvimento da doença da dependência química estão enquadrados em um grupo de ocorrências do qual sabemos terem origem multifatorial. Sabemos que alguns aspectos do comportamento e da vida das crianças e adolescentes podem estar associados com o uso de drogas ou com o aparecimento da dependência química.

São eles:
Curiosidade.
Pressão do grupo de amigos.
Necessidade de se identificar com o grupo e de estar inserido nele.
Dificuldade para lidar com os problemas próprios da idade.
Busca de coragem .
Sentimento de invulnerabilidade
Comportamento de risco.
Dificuldade e vergonha em dizer não.
Desinformação.
Prazer causado pela droga.

Esses aspectos compõem o que se conhece atualmente com o conceito de fatores de risco. Em contraposição, sabe-se que também existem os fatores de proteção associados ao uso de drogas.

O que são fatores de risco e fatores de proteção?

Fator de risco é uma condição que, quando presente, aumenta a probabilidade de um evento adverso ocorrer.

Existem situações na vida de uma criança e de um adolescente que aumentar a probabilidade de que, num determinado momento de sua vida, ele faça a opção por experimentar e usar drogas sistematicamente.

Fator de proteção é uma condição que, quando presente, diminui a probabilidade de um evento adverso ocorrer.

Quais são os fatores de risco e os fatores de proteção associados com o uso de drogas?
Podemos agrupar os fatores de risco e os fatores de produção mencionados na literatura científica internacional em quatro grandes grupos. São eles:

Fatores de risco

Problemas no manejo familiar.
Regras disciplinares inconstantes.
Falta de cuidado, atenção e orientação.
Falta de limites aos filhos.
Relevamento do uso de álcool, tabaco e outras drogas pelos pais.
 Baixa expectativa de êxito e sucesso por partes dos filhos.

Fatores de proteção

Cuidados pré-natais.
Presença de vínculos afetivos.
Estímulo e valorização à educação.
Adequado manejo do estresse.
Estilo de crítica afetivo, em vez de autoritário ou permissivo.
                   Verbalização de forma clara do que se espera dos filhos.

Na escola

Fatores de risco
Clima negativo na escola.
Política escolar não definida ou não exercida.
Permissividade quanto ao uso de tabaco nas dependências da escola.
Freqüentes mudanças de escolas.
“Matação” de aulas.
                      Rotulado e/ou identificação de alunos como de alto risco.

Fatores de proteção

Expressão do quanto acredita e se espera do aluno.
Estímulo aos princípio do desenvolvimento social, altruísmo, cooperação, solidariedade.
Oportunidade para exercitar liderança e decisão.
Envolvimento dos pais nas atividades escolares.

Comunidade

Fatores de risco

Má condição social e econômica.
Comunidade pouca organizada com baixo nível de relacionamento da vizinhança.
Pouca oportunidades de empregos para jovens.
Fácil acesso por parte dos jovens à propaganda ostensiva de álcool e tabaco.

Fatores de proteção

Normas sociais e policiamento público para inibir o uso de drogas entre jovens.
Acesso à necessidades básicas,
Apoio e suporte ao trabalho e laços sociais.
                      Envolvimento dos jovens em serviços comunitários

Entre os colegas e amigos

Fatores de risco

Comportamento anti-social precoce.
Alienação, timidez, rebeldia e agressividade na infância.
Atitudes favoráveis quanto ao uso de drogas.
Vínculo de afeto e de confiança mais forte como grupo do que com os pais.
                     Amigos que usem cigarros, álcool e outras drogas.

Fatores de proteção

Envolvimento em atividades antidrogas.
Respeito à autoridade.
Vínculos com grupos convencionais.
Valorização do talento individual que cada um traz para o grupo.

Concluímos que a adolescência é uma fase difícil, mas que todos precisam passar e a família tem um papel muito importante junto com o adolescente, entretanto não devem sentir-se culpados quando seu filho procura o caminho das drogas.
Devem sim mostrar-lhe a verdade... 
A importância de verdadeiros valores.... 
A importância da VIDA.

Fonte: Dependência Química

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385. Qual o motivo da mudança que se opera no seu caráter a uma certa idade, e particularmente ao sair da adolescência? 
É o Espírito que se modifica? -- É o Espírito que retoma a sua natureza e se mostra tal qual era.


Susto. Assustado, Medo, Horror, Figuras De Ação

Olham perplexos, para as transformações, tentando entender onde foi que falharam.
Essa é a primeira reação dos pais ao se depararem com mudanças radicais no comportamento de seus filhos que ingressam na adolescência. Muitos reagem, não querendo aceitar o fato de que a sua criança cresceu. 

DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA PERSONALIDADE

Os psicólogos falam do desenvolvimento integral da personalidade humana. Acham que cada idade deve receber o alimento adequado em instrução e afeto. É como adubar uma planta: se lhe dermos muita água, podemos encharcá-la; se lhe dermos pouca, pode não crescer o suficiente. De modo que o meio termo é o ideal. (Sérgio Biagi Gregório)


sábado, 3 de agosto de 2019

O PROBLEMA DO SUICÍDIO NA VISÃO ESPÍRITA





Vida, Suicídio, Sair, Chegar, Descuidado



No Brasil, 25 pessoas dão cabo à própria vida por dia e para cada uma dessas que conseguiu cumprir seu objetivo, outras 20 tentaram sem sucesso.



Immanuel Kant, "o homem não pode ter poder para dispor da vida, nem mesmo da sua própria vida" (*)


O PROBLEMA CHAMADO: SUICÍDIO.


Suicídio (do latim sui, "próprio", e caedere, "matar") é o ato intencional de matar a si mesmo. Sua causa mais comum é um transtorno mental que pode incluir depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas. Dificuldades financeiras e/ou emocionais também desempenham um fator significativo.
Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no mundo. Trata-se de uma das principais causas de morte entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos de idade. Entretanto, há uma estimativa de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o mundo.

As interpretações acerca do suicídio tem sido vistas pela ampla vista cultural em temas existenciais como religião, filosofia, psicologia, honra e o sentido da vida. 

Albert Camus escreveu certa vez:
 "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia. As religiões abraâmicas, por exemplo, consideram o suicídio uma ofensa contra Deus devido à crença religiosa na santidade da vida. No Ocidente, foi muitas vezes considerado como um crime grave. Por outro lado, durante a era dos samurais no Japão, o seppuku era respeitado como uma forma de expiação do fracasso ou como uma forma de protesto. No século XX, o suicídio sob a forma de auto-imolação tem sido usado como uma forma de protestar, enquanto que na forma de kamikaze e de atentados suicidas como uma tática militar ou terrorista. O sati é uma antiga prática funerária hindu no qual a viúva se auto-imola na pira funerária do marido, seja voluntariamente ou por pressão da famílias e/ou das leis do país".

O suicídio medicamente assistido (Eutanásia, ou o "direito de morrer") é uma questão ética atualmente muito controversa que envolve um determinado paciente que esteja com uma doença terminal, ou em dor extrema, que tenha uma qualidade de vida muito mínima através de sua lesão ou doença. Para alguns, o auto sacrifício geralmente não é considerado suicídio, uma vez que o objetivo não é matar a si mesmo mas salvar outrem. (Fonte: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).




Pensamentos que antecedem o suicídio

Pensamentos e sentimentos de baixa valia e baixa estima têm um efeito tão grande que são capazes de encorajar uma pessoa a cometer suicídio.

A ideia do suicídio não surge “do nada”: ela é fruto de uma série de pensamentos e sentimentos que assombram a pessoa há muito tempo, até que ela resolva fazer alguma coisa a respeito.
Esses pensamentos geralmente estão relacionados às experiências e crenças passadas ou a situações recentes que não foram superadas. São pensamentos que carregam sentimentos de desamor, desamparo e desvalor.

Pensamentos suicidas são silenciosos e de difícil identificação, uma vez que dificilmente são expressados em palavras. Apesar disso, é possível identificar características suicidas por meio da convivência e de conversas e convivência.

Veja alguns exemplos de pensamentos que antecedem o suicídio:

– “Eu não sou bem-vindo”;
– “Sou um peso e só dou trabalho para as pessoas”;
– “Eu não mereço ser feliz/ não sei o que é ser feliz”;
– “Eu não me amo/ eu sou um lixo”;
– “Eu não tenho capacidade para fazer nada/ faço tudo errado”;
– “Não aguento mais/ quero sumir/ quero morrer”;
– “Tudo é difícil para mim/ nada dá certo”;
– “Nada mais faz sentido/ tudo perdeu a graça”;
– “As pessoas não gostam de mim, ninguém me ama”;
--“Não tenho sonhos/ nada mais vale a pena”;
– “Eu não sou capaz de suportar esse trauma” (seja ele qual for);
– “Eu não faço diferença na vida das pessoas”;
– “Se eu viver ou morrer, tanto faz”.

Vale destacar que esses pensamentos são comumente encontrados em pessoas que apresentam um quadro depressivo ou problemas relacionados à estima, mas que não necessariamente estão pensando em suicídio. É importante um acompanhamento psiquiátrico e psicológico para chegar a algum diagnóstico. (http://www.sbie.com.br/)


ANOTAÇÕES EXTRAÍDAS DAS OBRAS BÁSICAS DE ALLAN KARDEC 

Em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 943 a 957, Allan Kardec discute o tema apontando as causas e as conseqüências deste ato sinistro. Diz-nos que o desgosto pela vida é efeito da ociosidade, da falta de fé e geralmente da saciedade. Para aqueles que exercem as suas faculdades com um fim útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido a vida se escoa mais rapidamente. Os Espíritos nos advertem que quando cometemos o suicídio responderemos como por um criminoso. 

Acrescenta ainda que "aquele que tira a própria vida para fugir à vergonha de uma ação má, prova que tem mais em conta a estima dos homens que a de Deus, porque vai entrar na vida espiritual carregado de suas iniquidades, tendo-se privado dos meios de repará-las durante a vida. Deus é muitas vezes menos inexorável que os homens: perdoa o arrependimento sincero e leva em conta o nosso esforço de reparação; mas o suicídio nada repara". 

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V - Bem-Aventurados os Aflitos, analisa o suicídio juntamente com a loucura, e nos diz que "a calma e a resignação, hauridas na maneira de encarar a vida terrestre, e na fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio". A leitura atenta deste capítulo do Evangelho seria um preservativo para todos os males da humanidade, pois não só nos explica os meios de nos livrarmos da pena como também nos alerta para o bem e o mal sofrer, sobre a melancolia etc.

Em O Céu e o Inferno, no capítulo V, há relatos dos próprios suicidas sobre o seu estado infeliz na erraticidade. Verificando cada um deles, vamos observar que, embora o sofrimento seja temporário, nem por isso deixa de ser difícil, pois o remorso parece não ter fim. 



É preciso valorizar a vida. Algumas reflexões:
O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher. Cora Coralina
Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda. Provérbio Chinês
Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre. Albert Einstein


(*) Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 — Königsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano. Amplamente considerado como o principal filósofo da era moderna.




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PASSOU DA HORA DE FALAR SOBRE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO