segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Professar ou Praticar o Espiritismo


JEAN REYNAUD
(Sociedade Espírita de Paris. Comunicação espontânea.)
Extrato de uma comunicação – O Céu e o Inferno. Para ler, estudar e meditar sobre o assunto. Atualíssimo.
P. Em vida professáveis o Espiritismo?

— R. Há uma grande diferença em professar e praticar.
Muita gente professa uma doutrina, que não pratica; pois bem, eu praticava e não professava. Assim como cristão é todo homem que segue as leis do Cristo, mesmo sem conhecê-lo, assim também podemos ser espíritas, acreditando na imortalidade da alma, nas reencarnações, no progresso incessante, nas provações terrenas — abluções necessárias ao melhoramento. Acreditando em tudo isso, eu era, portanto, espírita. Compreendi a erraticidade, laço intermediário das reencarnações e purgatório no qual o espírito culposo se despoja das vestes impuras para revestir nova toga, e onde o Espírito, em evolução, tece cuidadosamente essa toga que há de carregar no intuito de conservá-la pura. Compreendi tudo isso, e, sem professar, continuei a praticar.

“A expressão: “tecer cuidadosamente a toga que há de carregar” é uma figura feliz que retrata a solicitude com que o Espírito em evolução prepara a nova existência conducente a um maior progresso do que o feito. Os Espíritos atrasados são menos meticulosos, e muita vez fazem escolhas desastradas, que os forçam a recomeçar”. (comentários e análise de Allan Kardec).

O que é Ser Espírita:
Consultando um bom dicionário vamos encontrar de pessoa vinculada ao Espiritismo. Mudando a pergunta. Surgem porém os que ironizam e outros que temem e outros ainda indiferentes. Mas isto não importa, o problema reside se direcionarmos aos “Espíritas” a pergunta o que é ser espírita. Uns dirão que é ir ao Centro, tomar passe, ouvir ou fazer palestras, ler livros. Outros dirão que é fazer caridade. As respostas e tentativas de se ser explicar e se explicar. Mas qual seria ou será o motivo de respostas tão variadas, evasivas, incompletas? Como fonte de explicação a que se destina o blog, vamos buscar respostas na Codificação Espírita, que segundo o ilustre Espírito Espírita Vianna de Carvalho, é uma grande desconhecida dos espíritas. Vejamos então Kardec explicando a partir de O Livro dos Espíritos. Em O Livro dos Espíritos, na conclusão (item VII), o Codificador apresenta uma classificação dos adeptos: a) Os que acreditam; b) Os que acreditam e admiram a moral espírita; e c) Os que crêem, admiram e praticam. Segundo Kardec, esses últimos são os verdadeiros espíritas, ou os espíritas cristãos. No livro O Céu e o Inferno, há uma manifestação interessante de espírito que se encontra classificado como Espírito Feliz. Trata-se do espírito identificado pelo nome de Jean Reynaud citado acima no início do texto informativo. Indagado se na vida física ele professava o Espiritismo, respondeu: “ Há uma grande diferença entre professar e praticar. Muita gente professa uma Doutrina, mas não pratica. Pois bem, eu praticava e não professava. Professar significa portanto, reconhecer publicamente, declarar-se adepto, dizer de si mesmo, fazer propaganda da idéia e por em prática no seu relacinamento consigo e com o próximo. Pois bem, aí está a chave da questão. A felicidade de um Espírito deve-se à vivência dos princípios cristãos associados ao Espiritismo, mesmo sem conhecê-lo. Já no capítulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no item O Homem de Bem e Os bons espíritas, é necessário compreender que as características coincidem com os preceitos morais que justificam a denominação de espíritas cristãos, conforme definição do próprio Kardec, surgindo daí a figura do espírita praticante.O Espírito Simeão no item 14 de Evangelho Segundo o Espiritismo em seu capítulo X, já no finalzinho da instrução diz que Se vós vos dizeis espíritas, sede-o pois; olvidai o mal que se vos pôde fazer e não penseis senão uma coisa: o bem que podeis realizar. Resumindo a instrução: estamos tratando da VIVÊNCIA ESPIRITA. Reforçando os estudos então, temos: reconhece-se o verdadeiro espírita pelo esforço que empreende para vencer as suas más tendências. Ser Espírita portanto é a busca constante de se conhecer e de novo um velho ditado inserido na pergunta e resposta 919 de O Livro dos Espíritos.

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