sexta-feira, 25 de maio de 2012

Reunião Mediúnica





 REUNIÕES MEDIÚNICAS
Então disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois o Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara. (Mateus, 9: 37 e 38).
 
Introdução:
Precisamos traçar alguns conceitos preliminares, a fim de obtermos êxito na elaboração das idéias.
De acordo com Allan Kardec: Conceito e finalidade:
“Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como um feixe. (fonte: O Livro dos Médiuns). No livro Nos Bastidores da Obsessão temos Manoel Philomeno de Miranda sintonizado com o pensamento de Kardec:
“As reuniões espíritas são compromissos graves assumidos perante a consciência de cada um, regulamentada pelo esforço, pontualidade, sacrifício e perseverança de  seus membros.
Somente aqueles que sabem perseverar, sem postergarem o trabalho de edificação interior, se FAZEM credores da assistência dos Espíritos interessados na sementeira da esperança e da felicidade na Terra.
E ainda mais com Kardec: 
 
As reuniões espíritas oferecem grandíssimas vantagens, por permitirem que os que nelas tomam parte se esclareçam, mediante a permuta das idéias, pelas questões e observações que se façam, das quais todos aproveitam. Mas, para que produzam todos os frutos desejáveis, requerem condições especiais, (...), porquanto erraria quem as comparasse às reuniões ordinárias. (KARDEC. O Livro dos Médiuns, cap. XXIX, Item 324.)
 
Entraremos aqui na classificação das reuniões espíritas, abordadas por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns - no capítulo XXIX, da segunda parte – também encontraremos mais considerações sobre o assunto. Mas será útil anotarmos que as reuniões podem ser
  • Frívolas  
  • Experimentais,
  • Instrutivas
segundo o gênero e a finalidade a que se propõem. Além disso, encontraremos no capítulo III, da primeira parte de O Livro dos Médiuns, a distinção feita por Kardec, ao observar entre os que já se convenceram do Espiritismo,
·         Os espíritas experimentadores
·         Os espíritas imperfeitos
·         0s espíritas cristãos
·         Os espíritas exaltados
 
É indiscutível que estamos tratando aqui das reuniões instrutivas e sérias, cujo propósito não é a evocação de bons Espíritos, pois sabemos que isto não basta para atraí-los, mas, sim, a qualificação dos grupos a que nos ligamos, conforme a seguinte elucidação:
 
Os Espíritos são atraídos na razão da simpatia que lhes inspire a natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se comprazem nas reuniões sérias, onde predominam o amor do bem e o desejo sincero, por parte dos que as compõem, de se instruírem e se melhorarem. A presença deles afasta os Espíritos inferiores que, inversamente, encontram livre acesso e podem obrar com toda liberdade entre pessoas frívolas ou impelidas unicamente pela curiosidade e onde quer que existam maus instintos. Longe de se obterem bons conselhos, ou informações úteis, deles só se devem esperar futilidades, mentiras, gracejos de mau gosto, ou mistificações, pois que muitas vezes tomam nomes venerados, a fim de melhor induzirem ao erro. ( Introdução do Livro dos Espíritos, VI)
Dessa forma, entendemos que natural é, entre os que se ocupam com o Espiritismo, o desejo de poderem pôr-se em comunicação com os Espíritos. ( Introdução do Livro dos Médiuns)
 
Porém, para isso, é preciso pensar a que classe de espíritas pertencemos, se é a dos experimentadores ou exaltados, ou se já nos ligamos aos grupos mediúnicos na condição do espírita-cristão: aquele que não se contenta em admirar a moral espírita mas se esforça por praticá-la.
 
A Qualidade na Visão de Allan Kardec
“Toda reunião espírita deve, pois, tender para a maior homogeneidade possível. Está entendido que falamos das em que se deseja chegar a resultados sérios e verdadeiramente úteis. Se o que se quer é apenas obter comunicações, sejam estas quais forem, sem nenhuma atenção à qualidade dos (Espíritos) que as dêem, evidentemente desnecessárias se tornam todas essas precauções; mas, então, ninguém tem que se queixar da qualidade do produto.”(O Livro dos Médiuns, Cap. XXIX, item 331)
 
Uma reunião só e verdadeiramente séria, quando cogita de coisas úteis, com exclusão de todas as demais. Se os que a formam aspiram a obter fenômenos extraordinários, por mera curiosidade, ou passatempo, talvez compareçam Espíritos que os produzam, mas os outros, daí se afastarão. Numa palavra, qualquer que seja o caráter de uma reunião, haverá sempre Espíritos dispostos a secundar as tendências dos que a componham. Assim, pois, afasta-se do seu objetivo toda reunião séria em que o ensino é substituído pelo divertimento. As manifestações físicas, como dissemos, têm sua utilidade; vão às sessões experimentais os que queiram ver; vão às reuniões de estudos os que queiram compreender; é desse modo que uns e outros lograrão completar sua instrução espírita, tal qual fazem os que estudam medicina, os quais vão, uns aos cursos, outros às clínicas. (LM 327)

 

Nenhum comentário: