DANTE ALIGHIERI
em sua A Divina Comédia, descreve ... importante tratar aqui da questão
básica relativa à erraticidade e dos
Espíritos errantes.
Em O Livro dos Espíritos, no Capítulo VI, Da Vida Espírita, os Espíritos já sem um corpo material são
chamados de "Errantes". E, na resposta à Questão 224
"a" do Livro dos Espíritos, o vocábulo é usado
pela primeira vez:
224. a)Quanto tempo
podem durar estes intervalos?
Desde algumas horas
até alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há extremo limite
estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prolongar-se
muitíssimo, mas que nunca é perpétuo...
Informações posteriores sobre a Erraticidade são
encontradas em diversos livros espíritas, destacando transmitidas através de
diversas obras mediúnicas, que precisam ser melhor estudadas e compreendidas
sempre com base em Allan Kardec.
.Da mesma forma vamos encontrar vários
livros e filmes procuram retratar como seria este mundo extracorpóreo. Um dos
mais significativos é "Amor Além da Vida" 1998, com Robin
Williams,Cuba
Gooding Jr. e Annabella
Sciorra. Neste filme, consonante ao que preconiza a Doutrina Espírita em
diversas obras, vemos que o ambiente espiritual é essencialmente plástico,
variando de acordo com o pensamento.
Mas vamos ao estudos e pesquisas
sobre o assunto, com base nos livros da Codificação e concluindo com a obra
fantástica de Leon Denis: Depois da
Morte.
Estudando o assunto aprendemos que erraticidade...
• É o estado
dos Espíritos errantes, ou erráticos, isto é, não encarnados, durante o
intervalo de suas existências corpóreas (Livro dos Médiuns).
• A
erraticidade mesmo sendo muito longa, nunca é perpétua. Após determinado
período, o Espírito voltará a uma existência apropriada a seu aprendizado e
aperfeiçoamento.
• A
erraticidade não é sinal absoluto de inferioridade para os Espíritos. Há
Espíritos errantes de todas as classes, salvo os da Primeira Ordem ou Espíritos
Puros, que não necessitam mais sofrer encarnações.
Enquanto as
almas desprendidas das influências terrenas se constituem em grupos simpáticos,
cujos membros se amam, se compreendem, vivem em perfeita igualdade, em completa
felicidade, os Espíritos que ainda não puderam domar as suas paixões levam uma
vida errante, desordenada, e que, sem lhes trazer sofrimentos, deixa-os,
contudo, mergulhados na incerteza e na inquietação. É a isso que se chama
erraticidade; é a condição da maioria dos Espíritos que viveram na Terra, nem
bons nem maus, porém ainda fracos e muito inclinados às coisas materiais. (Leon
Denis - Depois da morte)
Sobre Espíritos Errantes:
• Separado do
corpo físico, pela desencarnação, o Espírito, na maioria das vezes, reencarna
depois de intervalos mais ou menos longos. Nesses intervalos, entre as
encarnações, a alma se encontra na condição de "Espírito Errante" à
espera de um novo destino.
• Esses
intervalos entre as encarnações podem durar desde algumas horas, até alguns
milhares de séculos, não existindo, neste sentido, limite determinado.
E
qual será a situação do Espírito após a morte.
• Dizem todos
os Espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar,
observar, a fim de fazerem a sua escolha. (LE. 266)
• O ensino dos Espíritos sobre a vida de
além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à
contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão
povoadas por Espíritos laboriosos. Por toda parte, bandos, enxames de almas
sobem, descem, agitam-se no meio da luz ou na região das trevas. (Leon Denis -
Depois da morte)
• Encontram-se
na erraticidade multidões imensas, sempre agitadas, sempre em busca de um
estado melhor, que lhes foge. Numerosos Espíritos aí flutuam indecisos entre o
justo e o injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros
estão sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre à procura
de uma benevolência, de uma simpatia que podem encontrar. (Leon Denis - Depois
da morte)
• “Para o
Espírito errante, já não há véus. Ele se acha como tendo saído de um
nevoeiro e vê o que o distancia da felicidade. Mais sofre então, porque
compreende quanto foi culpado. Não tem mais ilusões: vê as coisas na sua
realidade.”
• Na erraticidade, o Espírito descortina, de um
lado, todas as suas existências passadas; de outro, o futuro que lhe está
prometido e percebe o que lhe falta para atingi-lo. É qual viajor que chega ao
cume de uma montanha: vê o caminho que percorreu e o que lhe resta percorrer, a
fim de chegar ao fim da sua jornada. (LE. 975)
E
de acordo com São Luis, 1859 - Diferentes
estados da alma na erraticidade
• Deve também
se considerar que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das
existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do
mundo a que o liga o grau do seu adiantamento.
• Assim, na
erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está
mais ou menos desmaterializado.
• Os Espíritos
errantes são felizes ou desgraçados, segundo o grau de sua purificação. Tal
felicidade está em correspondência como grau de desmaterialização que hajam
alcançado.
• Os espíritos
errantes que ainda não se desprenderam da matéria, ficam vinculados ao mundo
onde acabaram de desencarnar. Poderão visitar outros mundos do mesmo grau, bem
como, em havendo permissão e acompanhamento, ir a mundos superiores, mas na
condição de estrangeiro. Podem entrevê-los e aspirar melhoria própria para
habitá-los um dia.
• Os espíritos superiores (purificados) frequentemente
vão a mundos inferiores para auxiliar o seu progresso.
• É nesse
estado que o Espírito, tendo despido o véu material do corpo, reconhece suas
existências anteriores e os erros que o afastam da perfeição e da felicidade
infinita. É então, igualmente, que ele escolhe novas provas, a fim de avançar
mais depressa.
• Nos mundos
superiores a reencarnação é quase sempre imediata, porque a matéria corporal é
menos grosseira e os Espíritos gozam de todas as suas faculdades.
ERRATICIDADE - Conclusão:
Enquanto
as almas desprendidas das influências terrenas se constituem em grupos simpáticos,
cujos membros se amam, se compreendem, vivem em perfeita igualdade, em completa
felicidade, os Espíritos que ainda não puderam domar as suas paixões levam uma
vida errante, desordenada, e que, sem lhes trazer sofrimentos, deixa-os,
contudo, mergulhados na Incerteza e na inquietação. É a isso que se chama
erraticidade; é a condição da maioria dos Espíritos que viveram na Terra, nem
bons nem maus, porém ainda fracos e muito Inclinados às coisas materiais.
Encontram-se
na erraticidade multidões imensas, sempre agitadas, sempre em busca de um
estado melhor, que lhes foge. Numerosos Espíritos aí flutuam indecisos entre o
justo e o injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros
estão sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre à procura
de uma benevolência, de uma simpatia que podem encontrar.
A
ignorância, o egoísmo, os vícios de toda espécie reinam ainda na erraticidade,
onde a matéria exerce sempre sua influência. O bem e o mal aí se chocam. Éde
alguma sorte o vestíbulo dos espaços luminosos, dos mundos melhores. Todos aí
passam e se demoram, mas para depois se elevarem.
O
ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço
não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas
as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos.
Por
toda parte, bandos, enxames de almas sobem, descem, agitam-se no meio da luz ou
na região das trevas. Em certos pontos, vê-se grande número de ouvintes
recebendo instruções de Espíritos adiantados; em outros, formam-se grupos para
testejarem os recém-vindos. Aqui, Espíritos combinam os fluídos, infundem-lhes
mil formas, mil coloridos maravilhosos, preparam-nos para os delicados fins a
que foram destinados pelos Espíritos superiores; ali, ajuntamentos sombrios,
perturbados, reúnem-se ao redor dos globos e os acompanham em suas revoluções,
influindo, assim, inconscientemente, sobre os elementos atmosféricos. Espíritos
luminosos, mais veloses que o relâmpago, rompem essas massas para levarem
socorro e consolação aos desgraçados que os imploram. Cada um tem o seu papel e
concorre para a grande obra, na medida de seu mérito e de seu adiantamento. O
Universo inteiro evolute. Como os mundos, os Espíritos prosseguem seu curso
eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas.
Progressos
a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a acalmar, amor,
expiação, devotamento, sacrifício, todas essas forças, todas essas coisas os
estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem
limites, reinam incessantemente o movimento e a vida. A imobilidade e a inação
é o retrocesso, é a morte. Sob o impulso da grande lei, seres e mundos, almas e
sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela vontade divina. (Léon
Denis - Depois da Morte)
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