ESPÍRITOS
PSEUDO SÁBIOS
Essa classe de Espíritos comumente dá a
impressão de tudo saber. Ás vezes manejam o verbo dando a aparência de um
completo domínio de todo o saber; no entanto,pouco sabem da verdade. São
Espíritos orgulhosos, que ainda não se despiram das intenções de grandeza e se
revestem de muita vaidade. Não têm humildade para ouvir os Espíritos puros,
procuram sempre discussão e muitos deles até que poderiam vencer pela
argumentação, mas, nunca pela vivência. Falam muita coisa sem conhecimento e
sem profundidade. Geralmente o pseudo sábio é falador.
Tome cuidado
com a vaidade
A vaidade é uma
brecha moral que infelicita bastante a humanidade.
A luta por posições
de realce ocupa muito tempo das criaturas.
Mesmo quem não tem
vocação para encargos elevados, frequentemente os procura.
E não o faz por espírito
de serviço, mas para aparecer.
Valoriza-se muito a
vitória aparente no mundo, mesmo quando conquistada à custa da própria paz.
Mas será que isso
compensa?
Não valerá mais a
pena viver humildemente, mas com dignidade?
Ocupar postos de
destaque traz grande responsabilidade.
Para quem não está
preparado, a derrocada moral pode ser grande.
Satisfazer a
vaidade é um grande perigo.
A tentação de
evidenciar a própria grandeza pode fazer um homem cair no ridículo.
Há pouca coisa mais
lamentável do que alguém despreparado desempenhando um grande papel.
A ausência de
discernimento pode levar a ver virtudes onde elas não existem. A aceitar
conselhos de quem não merece confiança. A tomar decisões sob falsas
perspectivas.
A vaidade
manifesta-se sob muitas formas. Está presente na vontade de dizer sempre a
última palavra.
Por relevante que
seja o argumento do outro, o vaidoso não consegue dar-lhe o devido valor.
Imagina que, se o
fizer, diminuirá seu próprio brilho.
O vaidoso tem
dificuldade em admitir quando erra, mesmo sendo isso evidente.
Ele não consegue
perceber a grandeza que existe em admitir um equívoco. Que é mais louvável
retificar o próprio caminho do que persistir no erro.
A vaidade também
dificulta o processo de perdoar.
O vaidoso considera
muito importante a própria personalidade.
Por conta disso,
todas as ofensas que lhe são dirigidas são gravíssimas.
Já os prejuízos que
causa aos outros são sempre pequenos.
Afinal, considera o
próximo invariavelmente mais insignificante do que ele próprio.
A criatura
acometida de vaidade dá-se uma importância desmedida. Imagina que os outros
gastam horas refletindo sobre seus feitos.
Por conta disso,
sente-se compelida a parecer cada vez mais evidente.
Como todo vício
moral, a vaidade impede uma apreciação precisa da realidade.
Quem porta esse
defeito não percebe que apenas se complica, ao cultivá-o. Que seria muito mais
feliz ao viver com simplicidade.
Que ninguém se
preocupa muito com sua pessoa e com sua pretensa importância.
Que, ao tentar
brilhar cada vez mais, freqüentemente cai no ridículo e se torna alvo de
chacota.
Analise seu caráter
e reflita se você não possui excesso de vaidade.
Você reconhece
facilmente seus erros?
Elogia as virtudes
e os sucessos alheios?
Quando se filia a
uma causa, o faz por ideal ou para aparecer?
Admite quando a
razão está com os outros?
Caso se reconheça
vaidoso, tome cuidado com seus atos.
Esforce-se por
perceber o seu real papel do mundo.
Reflita que a
vaidade é um peso a ser carregado ao longo do tempo.
Simplifique sua
vida, valorize os outros, admita os próprios equívocos.
Ao abrir mão da
vaidade, seu viver se tornará muito mais leve e prazeroso.
Fonte: Equipe de
Redação do Momento Espírita.
Vaidade
“O homem, pois, em grande número de
casos,é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo,
acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a
Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a
sua incúria.” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V.
Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)
A vaidade é decorrente do orgulho, e
dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:
- Apresentação
pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no
falari demasiado);
- Evidência
de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou
a algo que realiza;
- Esforço
em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia
provocada aos demais;
- Intolerância
para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não
evitando a eles referências desairosas;
- Aspiração
a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas
ou elogiosas à sua pessoa;
- Não
reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de
descontentamento diante de infortúnios por que passa;
- Obstrução
mental na capacidade de se auto analisar, não aceitando suas possíveis
falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o
azar.
A vaidade, sorrateiramente, está quase
sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para
abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito
sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que
devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências
que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada
intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se
manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente
válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no
desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma
causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.
A vaidade, nas suas formas de
apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar,
atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma
deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade
estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais
artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete,
satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, “badalado”. No
íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e
acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores
desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando
criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas,
comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados
como modelo a seguir.
O vaidoso o é, muitas vezes, sem
perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é
sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade
lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de
encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.
O mais prejudicial nisso tudo é que as
fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a
enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter
endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras.
O Aprendiz do Evangelho
terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranquila, para
aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo que
precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de
ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar-se
amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar
sempre.
(Manual Prático do Espírita – Ney Prieto Peres)
Nenhum comentário:
Postar um comentário