No próximo sábado dia 15/12/12 às 17hs30min nossa irmã Zelma será a palestrante na Sociedade Espírita Caminho da Paz com o tema: Reflexão sobre o livro Devassando o Invisível.
Quando Joana d’Arc, a donzela de Orleães, era submetida a um
daqueles terríveis interrogatórios que a História registrou, no curso do
processo da sua condenação, movida pela chamada Santa Inquisição, na França, um
dos seus mais encarniçados verdugos, ou juízes, justamente o Bispo de Beauvais,
fez-lhe esta pergunta ardilosa, tentando confundi-la:
"São
Miguel te aparece desnudo?..." –
pois se sabe que um dos Espíritos que a assistiam era por ela mesma considerada
como sendo aquele santo da Igreja Católica, uma das imagens que ela se
habituara, desde a infância, a ver e a venerar na pequena igreja da aldeia de
Domremy, seu berço natal.
Prontamente respondeu a donzela com o
utra interrogação, mas tão
profunda, tão sutil e complexa que não a poderia ter compreendido a crueldade
do estreito cérebro dos seus algozes, mas que a posteridade, nos dias atuais,
devidamente compreende e explica à luz dos estudos transcendentais feitos pela
Terceira Revelação, ou Espiritismo:
"Pensas que Deus não tem com que vesti-lo?..." –
respondeu Joana. (Do Livro "Devassando o Invisível – Yvonne . Pereira Cap.
II).
Vestuário dos Espíritos.
O Livro dos Médiuns
126.
Temos dito que os Espíritos se apresentam vestidos de túnicas, envoltos em
largos panos, ou mesmo com os trajes que usavam em vida. O envolvimento em
panos parece costume geral no mundo dos Espíritos. Mas, aonde irão eles buscar
vestuários semelhantes em tudo aos que traziam quando vivos, com todos os
acessórios que os completavam? E fora de qualquer dúvida que não levaram
consigo esses objetos, pois que os objetos reais temo-los ainda sob as vistas.
Donde então provêm os de que usam no outro mundo? Esta questão deu sempre muito
que pensar. Para muitas pessoas, porém, era simples motivo de curiosidade. A
ocorrência, todavia, confirmava uma questão de princípio, de grande
importância, porquanto sua solução nos fez entrever uma lei geral, que também
encontra aplicação no nosso mundo corpóreo. Múltiplos fatos a vieram complicar
e demonstrar a insuficiência das teorias com que tentaram explicá-la. Até certo
ponto, poder-se-ia compreender a existência do traje, por ser possível
considerá-lo como, de alguma sorte, fazendo parte do indivíduo. O mesmo, porém,
não se dá com os objetos acessórios, qual, por exemplo, a caixa de rapé do
visitante da senhora doente, de quem falamos no n. 116. Notemos, a este
propósito, que ali não se tratava de um morto, mas de um vivo, e que tal senhor,
quando voltou em pessoa, trazia na mão uma caixa de rapé semelhante em tudo à
da aparição. Onde encontrara seu Espírito a que tinha consigo, quando sentado
junto ao leito da doente? Poderíamos citar grande número de casos em que
Espíritos, de mortos ou de vivos, apareceram com diversos objetos, tais como
bengalas, armas, cachimbos, lanternas, livros, etc. Veio-nos então uma ideia: a
de que, possivelmente, aos corpos inertes da terra correspondem outros,
análogos, porém etéreos, no mundo invisível; de que a matéria condensada, que
forma os objetos, pode ter uma parte quintessenciada, que nos escapa aos
sentidos. Não era destituída de verossimilhança esta teoria, mas se mostrava
impotente para explicar todos os fatos. Um há, sobretudo, que parecia destinado
a frustrar todas as interpretações. Até então, não se tratara senão de imagens,
ou aparências. Vimos perfeitamente bem que o perispírito pode adquirir as
propriedades da matéria e tornar-se tangível, mas essa tangibilidade é apenas
momentânea e o corpo sólido se desvanece qual sombra. Já é um fenômeno muito
extraordinário; porém, o que o é ainda mais é produzir-se matéria sólida
persistente, conforme o provam numerosos fatos autênticos, notadamente o da
escrita direta, de que falaremos minuciosamente em capítulo especial. Todavia,
como este fenômeno se liga intimamente ao assunto de que agora tratamos,
constituindo uma de suas mais positivas aplicações, antecipar-nos-emos,
colocando-o antes do lugar em que, pela ordem, deveria ser explanado.
Ä Resumo:
1 – A vestimenta
dos Espíritos é formada do elemento natural do meio em que se encontra, isto é,
de matéria fluídica, moldada pela própria mente.
2
– Não se trata de um simples simulacro ou de algo apenas aparente, tem
existência real, embora formada de substancia fluídica, segundo as linhas de
impulsão da mente do próprio interessado.
3
– Tais impulsões podem variar de acordo com a vontade livre de Espíritos
Superiores, ou de Espíritos ainda sofredores e infelizes que acionam o
mecanismo mental automaticamente.
4
– Às vezes, um determinado Espírito se apresenta com uma indumentária idêntica
a que usava quando ainda encarnado com vistas a ser identificado.
5
– Os objetos, aparelhos e acessórios de vestimenta não são duplos etéreos
simplesmente; são formações moldadas pela manipulação dos fluidos do ambiente,
por parte das entidades desencarnadas, independentemente do seu nível
evolutivo.
6
– Os Espíritos inferiores também têm capacidade de moldarem os objetos de seu
uso embora o façam com mais esforço e imperfeitamente.
7
– Há limites bem nítidos no mundo espiritual impedindo que os Espíritos
componham o que bem quiserem; tais limites são de ordem moral.
8
– A ação da mente (encarnada ou desencarnada) sobre os fluidos é capaz de
modificar-lhes a estrutura e em consequência conferir-lhes propriedades
particulares e especiais.
9
– Tais manipulações podem ser feitas por entidades elevadas e também pelas
entidades inferiores, podendo estas transmitir aos encarnados desavisados
quotas de fluidos com propriedades tóxicas, causadoras de perturbações chamadas
doenças fantasmas.
10
– As entidades superiores de posse de seus recursos e facilitados pelo clima de
merecimento de quem necessita, são capazes de manipular fluidos curadores e
transmiti-los, seja pelo passe ou pela água fluidificada.
11
– O auxílio espiritual superior, a possibilidade que alguns apresentam mais que
outros, e a vontade bem disciplinada e cristã podem determinar o
restabelecimento de quadros de moléstia física e psíquica, sempre guardando,
porém, o respeito às Leis Superiores.
Bibliografia:
- Livro
"Devassando o Invisível – Yvonne. Pereira Cap. II".
-
O Livro dos Médiuns, 2º. Parte – cap. VIII.
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