segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura...

Em uma de nossas viagens à Cataguases, MG, sempre encontro familiares e pessoas queridas. Neste registro temos Sr. Ayres Nascimento, com seus mais 93 anos. Outro ícone do Movimento Espírita de Cataguases. O texto que ora divulgamos expressa bem o caráter de nosso irmão, uma pessoa sensata que tive a oportunidade de conviver diretamente, sempre ouvindo seus conselhos e incentivo. Juntamente com outros companheiros e companheiras fundaram o C.E. Bezerra de Menezes em 28/02/1958), o Albergue Noturno Francisco de Assis, a APAE, tendo participado ativamente em outras instituições.
                           


OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO – Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. IX

  
Obediência – do lat. oboedientia – significa submeter-se à vontade, às ordens de outrem, e executá-las. Resignação – Do lat. resignatione, é o ato ou o efeito de resignar-se; renúncia espontânea de um cargo; submissão paciente aos sofrimentos da vida.


8. A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifício e da renúncia carnal.


Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. – Lázaro. (Paris, 1863.)

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