Em uma de nossas viagens à Cataguases, MG, sempre encontro familiares e pessoas queridas. Neste registro temos Sr. Ayres Nascimento, com seus mais 93 anos. Outro ícone do Movimento Espírita de Cataguases. O texto que ora divulgamos expressa bem o caráter de nosso irmão, uma pessoa sensata que tive a oportunidade de conviver diretamente, sempre ouvindo seus conselhos e incentivo. Juntamente com outros companheiros e companheiras fundaram o C.E. Bezerra de Menezes em 28/02/1958), o Albergue Noturno Francisco de Assis, a APAE, tendo participado ativamente em outras instituições.
OBEDIÊNCIA
E RESIGNAÇÃO – Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap.
IX
Obediência – do lat. oboedientia – significa submeter-se à vontade, às
ordens de outrem, e executá-las. Resignação – Do lat. resignatione, é o
ato ou o efeito de resignar-se; renúncia espontânea de um cargo; submissão
paciente aos sofrimentos da vida.
8. A
doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação,
duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens
erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência
é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto
carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O
pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta
não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade
material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos
desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida,
brilhassem os triunfos do sacrifício e da renúncia carnal.
Cada época é marcada,
assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa
geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral.
Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si
só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade
é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que
prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos
dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da
vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento!
Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe
aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla
ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde,
ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão
dócil ouvido aos ensinos. – Lázaro. (Paris, 1863.)
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