sábado, 29 de junho de 2019

A hora em que estamos é uma hora de transição e de parto doloroso.

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Um tempo se acaba; novos tempos se anunciam.

A hora em que estamos é uma hora de transição e de parto doloroso.
As formas esgotadas do passado empalidecem-se e se desfazem para dar lugar a outras, a princípio vagas e confusas, mas que se precisam cada vez mais.

Nelas se esboça o pensamento crescente da Humanidade.Túnel, Wormhole, Espaço-Tempo, Planeta

O espírito humano está em trabalho, por toda parte, sob a aparente decomposição das ideias e dos princípios; por toda parte, na Ciência, na Arte, na Filosofia e até no seio das religiões, o observador atento pode verificar que uma lenta e laboriosa gestação se produz...

A hora presente é ainda uma hora de lutas; luta das nações para a conquista do Globo, luta das classes para a conquista do bem-estar e do poder.
Luta, Controvérsia, Conflito, Olho, Iris


Em redor de nós agitam-se forças cegas e profundas, forças que, ontem, não se conheciam e que, hoje, se organizam e entram em ação. Uma sociedade agoniza; outra nasce.

O ideal do passado vem à Terra. Qual será o de amanhã?  Abriu-se um período de transição; uma fase diferente de evolução humana, fase obscura, cheia, ao mesmo tempo, de promessas e ameaças, começou. Na alma das gerações que sobem, jazem os germens de novas florescências.

Flores do mal ou flores do bem? 

Muitos se alarmam, muitos se espantam. Não duvidamos do futuro da Humanidade, de sua ascensão para a luz e derramamos em volta de nós, com a coragem e perseverança incansáveis, as verdades que asseguram o dia de amanhã e fazem as sociedades fortes e felizes.

Os defeitos de nossa organização social provêm principalmente de que nossos legisladores, em suas acanhadas concepções, abrangem somente o horizonte de uma vida material

Não compreendendo o fim evolutivo da existência e o encadeamento de nossas vidas terrenas, estabeleceram um estado de coisas incompatível com os fins reais do homem e da sociedade.
A conquista do poder pelo maior número não é própria para ampliar este ponto de vista.

O povo segue o instinto surdo que o impele. Incapaz de aquilatar o mérito e o valor de seus representantes, leva muitas vezes ao poder os que desposam suas paixões e participam de sua cegueira.


A
educação popular precisa ser completamente reformada; porque só o homem ilustrado pode colaborar com inteligência, coragem e consciência na renovação social. 

Nas reivindicações atuais, a noção de direito é objeto de excessivas especulações, sobre-excitam-se os apetites, exaltam-se os espíritos. Esquece-se de que o direito é inseparável do dever e até que é simplesmente sua resultante.

Daí uma ruptura de equilíbrio, uma inversão das relações de causa para efeito, isto é, do dever para o direito na repartição das vantagens sociais, o que constitui uma causa permanente de divisão e ódio entre os homens.

O indivíduo que encara somente seu interesse próprio e seu direito pessoal, ocupa lugar inferior, ainda, na escala da evolução...

Numa sociedade bem organizada, cada cidadão classificar-se-á de acordo com seu valor pessoal e grau de sua evolução e em proporção com sua cota social. O indivíduo só deve ocupar a situação merecida; seu direito está, em proporção equivalente à sua capacidade para o bem.

Tal é a regra, tal é a base da ordem universal, e a ordem social, enquanto não for sua contraprova, sua imagem fiel, será precária e instável.

Cada membro de uma coletividade deve, por força desta regra, em vez de reivindicar direitos fictícios, torna-se digno deles, aumentando o próprio valor e sua participação na obra comum.

O ideal social transforma-se, o sentido da harmonia desenvolve-se, o campo do altruísmo dilata-se; mas, no estado atual das coisas, no seio de uma sociedade onde fermentam tantas paixões, onde se agitam tantas forças brutais, no meio de uma civilização feita de egoísmo e cobiça, de incoerência e má vontade, de sensualidade e sofrimentos, são de temer muitas convulsões. 

Par, Homem, Mulher, Discussão, Diferença



Às vezes ouve-se o bramido da onda que sobe. O queixume dos que sofrem transforma-se em brados de cólera. As multidões contam-se; interesses seculares são ameaçados.








 Levanta-se, porém, uma nova fé, iluminada por um raio do Alto e assente em fatos, em provas sensíveis.

Diz a todos: "Sede unidos, porque sois irmãos, irmãos neste mundo, irmãos na imortalidade. Trabalhai em comum para tornardes mais suaves as condições da vida social, mais fácil o desempenho de vossas tarefas futuras. 
Trabalhai para aumentar os tesouros de saber, de sabedoria, de poder, que são a herança da Humanidade.

A felicidade não está na luta, na vingança; está na união dos corações e das vontades!"

Fonte: livro de Leon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor

2 comentários:

Unknown disse...

Ânimo, coragem e disciplinana na busta da nossa caminhada rumo ao bom, o belo e ao verdadeiro!

Unknown disse...

Corrigindo: disciplina