sábado, 15 de junho de 2019

A vivência Espírita da Família e o respeito às diferenças.


Família, Crianças, Pai, Mãe, Praia, Sun, Pôr Do Sol
‘A família é o lugar onde as mentes entram em contato entre si. Se essas mentes amam umas às outras, o lar será tão bonito quanto um jardim florido. Mas se essas mentes entrarem em desarmonia umas com as outras, será como uma tempestade que destrói o jardim”. (Buda) *


O desenvolvimento social de uma pessoa tem como base a família. É neste ambiente do dia a familiar, nesse relacionamento cotidiano, serão desenvolvidos a intimidade de cada membro, ou seja, serão desenvolvidas as estruturas psíquicas, emocionais, espirituais do ser humano. 

Desta forma, este “desenvolver” estará favorecendo positivo ou negativamente a formação da identidade individual e consequentemente um (certo ou não!), amadurecimento, cujo objetivo é nos tornar mais apto a lidar com os transtornos, as dificuldades, as diferenças...

Pensando assim nos relacionamentos familiares, temos que nos questionar: Já passamos por um conflito familiar?

De acordo com a proposta Espírita sobre o assunto, vamos encontrar que: [...] O Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. (O Evangelho Segundo o Espiritismo em seu capítulo V item 11)

Alguns alertas sobre as dificuldades do relacionamento em família poderão ser observados na seguinte colocação de O Evangelho Segundo o Espiritismo cap. XIV item 9.
[...]. Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior. É necessário aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua origem no egoísmo e no orgulho. Espreitai, pois, os menores sinais que revelam os germes desses vícios, e dedicai-vos a combatê-los, sem esperar que eles lancem raízes profundas.

Da mesma forma de orientação e esclarecimento vamos encontrar novamente no O Livro dos Espíritos:
[...] Deus fez do amor filial e do amor paterno um sentimento natural, a fim de que, por essa afeição recíproca, os membros de uma mesma família sejam levados a se auxiliarem mutuamente. É o que, com muita frequência, não se reconhece em vossa atual sociedade[...] (O Livro dos Espíritos questão 681)

No item 383 de O Livro dos Espíritos, encontramos o seguinte: Encarnando-se o Espírito com o fim de se aperfeiçoar, é mais acessível, durante esse tempo (a infância) às impressões que recebe é que podem ajudá-lo no seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que são encarregados da sua educação. — Querer, pois, restringir a educação aos pais seria negar a existência da vida social, do processo de relações em que os homens se completam uns aos outros pelo auxílio mútuo (item 766 e seguintes), negar a lei de justiça, amor e caridade (item 873 e seguintes)

Vale aqui também ressaltar sobre a genial frase do professor Herculano Pires no livro Pedagogia Espírita, onde afirma que:
“A Educação é um ato de amor, é a ajuda das pessoas grandes para que as crianças também possam crescer. Os adultos sem amor não podem educar. Pelo contrário, deseducam”.

Na questão de número 877 de O Livro dos Espíritos temos:
A necessidade de viver em sociedade acarreta para o homem obrigações particulares?
-- Sim, e a primeira de todas é a de respeitar os direitos dos semelhantes; aquele que respeitar esses direitos será sempre justo. No vosso mundo, onde tantos homens não praticam a lei de justiça, cada um usa de represálias e vêm daí a perturbação e a confusão da vossa sociedade. A vida social dá direitos e impõe deveres recíprocos.

[...] Deus fez do amor filial e do amor paterno um sentimento natural, a fim de que, por essa afeição recíproca, os membros de uma mesma família sejam levados a se auxiliarem mutuamente. É o que, com muita frequência, não se reconhece em vossa atual sociedade[...] (O Livro dos Espíritos questão 681)

Respeito as diferenças

Muito se fala sobre o respeito as diferenças, mas pouco se escuta sobre o trabalho pessoal que temos que ter para iniciar esse processo. É importante dizer que respeitar não é concordar, mas procurar entender que a escolha do outro diz respeito a ele, a vida dele.

A partir daí se dará início uma movimentação interna consciente, que gerara energia significativa para que essa aceitação ocorra. É um trabalho que demanda vontade e foco. 

Respeitar o outro não é concordar com as atitudes da pessoa, mas entender que existe entre você e o sujeito uma limitação, que leva a discordar.

Muitas dessas discordâncias parte de construções culturais que necessita de muita lapidação. É por isso que o querer tem que está acima do que os outros iram pensar, mas principalmente do que eu penso.

Ao longo da vida vamos criando expectativas positivas e negativas sobre as pessoas, idealizamos ou "pintamos um monstro". E tudo isso está ligado a nossa própria realidade, a nossa forma ver o mundo, nossa história de vida familiar e educação... (para saber mais: http://www.psicologiaemanalise.com.br/2017/04/respeito-as-diferencas.html)


Conclusão:
A família é um ponto de referência para a criança e o jovem: nela pode-se aprender a dialogar, e com essa capacidade, favorecer atitudes tão importantes como a tolerância, a assertividade, a habilidade dialética, a capacidade de admitir erros e de tolerar as frustrações.


(*) O Buda (o iluminado, em sânscrito) foi Sidarta Gautama, nascido na região do Himalaia (Índia). Viveu por volta de 563 a.C. a 483 a.C. ... sua família não permitia que ele entrasse em contato com a vida fora do palácio e, portanto, Sidarta desconhecia a miséria.

Bibliografia
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Pedagogia Espírita – Herculano Pires
http://www.psicologiaemanalise.com.br/2017/04/respeito-as-diferencas.html)
http://br.guiainfantil.com/dialogo-na-familia/321-o-dialogo-em-familia.html)



Próximo estudo:   Decepções, ingratidões, laços rompidos.

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