‘A família é o lugar onde as mentes entram em contato entre
si. Se essas mentes amam umas às outras, o lar será tão bonito quanto um jardim
florido. Mas se essas mentes entrarem em desarmonia umas com as outras, será
como uma tempestade que destrói o jardim”. (Buda) *
O desenvolvimento social de uma
pessoa tem como base a família. É neste ambiente do dia a familiar, nesse
relacionamento cotidiano, serão desenvolvidos a intimidade de cada membro, ou
seja, serão desenvolvidas as estruturas psíquicas, emocionais, espirituais do
ser humano.
Desta forma, este “desenvolver” estará favorecendo positivo ou
negativamente a formação da identidade individual e consequentemente um (certo
ou não!), amadurecimento, cujo objetivo é nos tornar mais apto a lidar com os
transtornos, as dificuldades, as diferenças...
Pensando assim nos relacionamentos
familiares, temos que nos questionar: Já passamos por um conflito familiar?
De acordo com a proposta Espírita
sobre o assunto, vamos encontrar que: [...] O Espírito renasce frequentemente
no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a
fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que
havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. (O Evangelho Segundo o Espiritismo em
seu capítulo V item 11)
Alguns alertas sobre as
dificuldades do relacionamento em família poderão ser observados na seguinte
colocação de O Evangelho Segundo o Espiritismo cap. XIV item 9.
[...]. Desde o berço, a criança
manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior. É necessário
aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua origem no egoísmo e no
orgulho. Espreitai, pois, os menores sinais que revelam os germes desses
vícios, e dedicai-vos a combatê-los, sem esperar que eles lancem raízes
profundas.
Da mesma forma de orientação e
esclarecimento vamos encontrar novamente no O Livro dos Espíritos:
[...] Deus fez do amor filial e
do amor paterno um sentimento natural, a fim de que, por essa afeição
recíproca, os membros de uma mesma família sejam levados a se auxiliarem mutuamente.
É o que, com muita frequência, não se reconhece em vossa atual sociedade[...]
(O Livro dos Espíritos questão 681)
No item 383 de O Livro dos
Espíritos, encontramos o seguinte: Encarnando-se o Espírito com o fim de se
aperfeiçoar, é mais acessível, durante esse tempo (a infância) às impressões
que recebe é que podem ajudá-lo no seu adiantamento, para o qual devem
contribuir os que são encarregados da sua educação. — Querer, pois, restringir
a educação aos pais seria negar a existência da vida social, do processo de
relações em que os homens se completam uns aos outros pelo auxílio mútuo (item
766 e seguintes), negar a lei de justiça, amor e caridade (item 873 e
seguintes)
Vale aqui também ressaltar sobre
a genial frase do professor Herculano Pires no livro Pedagogia Espírita, onde
afirma que:
“A Educação é um ato de amor, é a
ajuda das pessoas grandes para que as crianças também possam crescer. Os
adultos sem amor não podem educar. Pelo contrário, deseducam”.
Na questão de número 877 de O
Livro dos Espíritos temos:
A necessidade de viver em
sociedade acarreta para o homem obrigações particulares?
-- Sim, e a primeira de todas é a
de respeitar os direitos dos semelhantes; aquele que respeitar esses direitos
será sempre justo. No vosso mundo,
onde tantos homens não praticam a lei de justiça, cada um usa de represálias e
vêm daí a perturbação e a confusão da vossa sociedade. A vida social dá
direitos e impõe deveres recíprocos.
[...] Deus fez do amor filial e
do amor paterno um sentimento natural, a fim de que, por essa afeição recíproca, os membros de
uma mesma família sejam levados a se
auxiliarem mutuamente. É o que, com muita frequência, não se reconhece
em vossa atual sociedade[...] (O Livro dos Espíritos questão 681)
Respeito as diferenças
Muito se fala sobre o respeito as
diferenças, mas pouco se escuta sobre o trabalho pessoal que temos que ter para
iniciar esse processo. É importante dizer que respeitar não é concordar, mas
procurar entender que a escolha do outro diz respeito a ele, a vida dele.
A partir daí se dará início uma
movimentação interna consciente, que gerara energia significativa para que essa
aceitação ocorra. É um trabalho que demanda vontade e foco.
Respeitar o outro
não é concordar com as atitudes da pessoa, mas entender que existe entre você e
o sujeito uma limitação, que leva a discordar.
Muitas dessas discordâncias parte de construções culturais que
necessita de muita lapidação. É por isso que o querer tem que está acima do que
os outros iram pensar, mas principalmente do que eu penso.
Ao longo da vida vamos criando expectativas positivas e negativas
sobre as pessoas, idealizamos ou "pintamos um monstro". E tudo isso
está ligado a nossa própria realidade, a nossa forma ver o mundo, nossa
história de vida familiar e educação... (para saber mais: http://www.psicologiaemanalise.com.br/2017/04/respeito-as-diferencas.html)
Conclusão:
A família é um ponto de referência para a criança e o jovem: nela
pode-se aprender a dialogar, e com essa capacidade, favorecer atitudes tão
importantes como a tolerância, a assertividade, a habilidade dialética, a
capacidade de admitir erros e de tolerar as frustrações.
(*) O Buda (o iluminado, em
sânscrito) foi Sidarta Gautama, nascido na região do Himalaia (Índia). Viveu
por volta de 563 a.C. a 483 a.C. ... sua família não permitia que ele entrasse
em contato com a vida fora do palácio e, portanto, Sidarta desconhecia a miséria.
Bibliografia
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Pedagogia Espírita – Herculano Pires
http://www.psicologiaemanalise.com.br/2017/04/respeito-as-diferencas.html)
http://br.guiainfantil.com/dialogo-na-familia/321-o-dialogo-em-familia.html)
Próximo estudo: Decepções, ingratidões, laços rompidos.
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