domingo, 10 de setembro de 2023

Um olhar sobre soberano do Criador

 


Cap 17 itens 4 e 5 da A Gênese – Um olhar sobre soberano Criador

 

4. O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo imenso conduzido por um número incontável de inteligências, um enorme governo onde cada ser inteligente tem sua parte de ação sob o olhar do soberano Criador, cuja vontade única mantém a unidade por toda a parte. Sob o império desse vasto poder regulador tudo se movimenta, tudo funciona numa perfeita ordem. O que consideramos distúrbios são movimentos parciais e isolados que aparentam ser irregulares somente porque nossa visão é limitada. Se pudermos abarcar o conjunto, veremos nessas irregularidades somente aparências que se harmonizam no todo.

Considerações para pesquisas e discussões do grupo sobre o item 4

Vamos entender que:

1.    Deus coordena tudo mas existe toda uma estrutura de INTELIGÊNCIAS que trabalham com ele na tarefa. Você concorda?

 

1. O que é Deus?

— Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas...

4. Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?

 

— Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá.

 

ð  Comentário de Kardec: Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

Comentário de Kardec: A harmonia que regula as forças do universo revela combinações e fins determinados, e por isso mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso, seria uma falta de senso, porque o acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria um acaso.

Sobre: incontável de inteligências

a)   Em plano secundário temos:

111. Segunda classe. Espíritos Superiores

— Reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem, que só transpira benevolência, é sempre digna, elevada, e frequentemente sublime. Sua superioridade os torna, mais que os outros, aptos a nos proporcionar as mais justas noções sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que nos é dado conhecer. Comunicam-se voluntariamente com os que procuram de boa fé a verdade e cujas almas estejam bastante libertas dos liames terrenos, para a compreender; mas afastam-se dos que são movidos apenas pela curiosidade ou que, pela influência da matéria, se desviam da prática do bem.

 

Quando, por exceção, se encarnam na Terra, é para cumprir uma missão de progresso, e então nos oferecem o tipo de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.

 

b)   Em plano maior:

PRIMEIRA ORDEM: ESPÍRITOS PUROS

 

112. Caracteres Gerais. Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, em relação aos Espíritos das outras ordens.

 

113. Primeira classe. Classe Única — Percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Havendo atingido a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, não têm mais provas nem expiações a sofrer. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, vivem a vida eterna, que desfrutam no seio de Deus.

 

Gozam de uma felicidade inalterável, porque não estão sujeitos nem às necessidades nem às vicissitudes da vida material, mas essa felicidade não é a de uma ociosidade monótona, vivida em contemplação perpétua.

==è São os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam, para a manutenção da harmonia universal. Dirigem a todos os Espíritos que lhes são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem e determinam as suas missões. Assistir os homens nas suas angústias, incitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os distanciam da felicidade suprema é para eles uma ocupação agradável. São, às vezes, designados pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.

 

5.A previsão dos movimentos progressivos da humanidade não é surpreendente para os seres desmaterializados que veem o objetivo para o qual tendem todas as coisas, alguns dos quais possuem o pensamento direto de Deus.

1     Eles presumem, nos movimentos parciais,

2     o tempo em que um movimento geral pode ser realizado,

3     da mesma forma que se calcula antecipadamente o tempo que uma árvore leva para dar frutos e os astrônomos calculam a época de um fenômeno astronômico pelo tempo que leva um astro para completar sua revolução.

 

ð  Mas aqueles que anunciam esses fenômenos, autores de almanaques que predizem eclipses e marés, por certo, não estão em condições de fazer os cálculos necessários; apenas os repetem. O mesmo ocorre com os Espíritos secundários cuja visão é limitada e somente repetem o que convém aos Espíritos superiores revelar.

Destaquei em sequência numérica acima, para facilitar a leitura e entendimentos.

        536. Os grandes fenômenos da Natureza, esses que se consideram como perturbações dos elementos, são devidos a causas fortuitas ou têm pelo contrário, um fim providencial?                                         

— Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.

 

536 – b) Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisso como em todas as coisas; mas como sabemos que os Espíritos podem agir sobre a matéria e que eles são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não exerceriam uma influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?

 

— Mas é evidente; isso não pode ser de outra maneira. Deus não se entrega a uma ação direta sobre a Natureza, mas tem os seus agentes dedicados, em todos os graus da escala dos mundos.

 

537. A Mitologia dos antigos é inteiramente fundada sobre as ideias espíritas, com a diferença de que consideravam os Espíritos como divindades. Ora, eles nos representavam esses deuses ou esses Espíritos com atribuições especiais. Assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir a vegetação, etc. Essa crença é destituída de fundamento?

— Tão pouco destituída de fundamento que está ainda muito aquém da verdade.

 

537 – a) Pela mesma razão poderia haver Espíritos habitando o interior da Terra e presidindo aos fenômenos geológicos?

— Esses Espíritos não habitam precisamente a Terra, mas presidem e dirigem os fenômenos segundo as suas atribuições. Um dia tereis a explicação de todos esses fenômenos e os compreendereis melhor.

 

ð  Para Léon Denis, os diversos elementos que compõem a Natureza são fonte de profundos ensinamentos, um verdadeiro livro onde a alma com silêncio e atenção consegue ler em caracteres sublimes os mistérios da criação. A Natureza se assemelha a uma grande biblioteca onde as almas famintas da sabedoria imorredoura de Deus sorvem as alegrias do infinito.

O céu estrelado, manto sagrado e misterioso que se estende sob nossas cabeças, fala-nos da nossa destinação, dos cem mundos por onde vivemos e viveremos. Quem nunca, nas noites calmas e estreladas, não questionou a nossa destinação, o porquê da vida e se embriagou pelos mistérios das lâmpadas acesas pelo infinito? Fonte inspiradora dos poetas e pintores, místicos e filósofos.

E a floresta? Ah, que alegria a alma sente ao embrear por seus caminhos. Um silêncio profundo ao homem se impõe, como se estivesse entrando em um templo sagrado, morada de um grande sábio onde tudo é lição e aprendizado. As vozes e murmúrios lhe alcançam. Ao longe, um pássaro com sua deliciosa melodia; mais perto, o vento farfalha as árvores que sobe aos céus como uma nave de uma igreja. Quanto bem nos faz a natureza? Ao fim da jornada a alma está renovada, embriagada pelas forças misteriosas da natureza, da criação de Deus. O seu convívio é fonte para a saúde da alma.

ð  Se a Natureza é um grande livro, a beleza é a tinta que Deus escolheu para grafá-la e imortalizá-la. Em Deus temos a fonte de toda a beleza e harmonia:

“É a ti, ó Potência Suprema! Qualquer que seja o nome que te deem e por mais imperfeitamente que sejas compreendida; é a ti, fonte eterna da vida, da beleza, da harmonia, que se elevam nossas aspirações, nossa confiança, nosso amor!" [2]

Saibamos, pois, encontrar, no grande livro da natureza, a beleza e a inspiração para a jornada das nossas vidas. E, sendo a vida uma grande jornada, temos em Léon Denis um guia seguro e amoroso. Sigamo-lo!

 

Referências:

 

1 - Léon Denis, O Grande Enigma, capítulo 4

2 - Léon Denis, O Grande Enigma, capítulo 1.


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