Cap 17 itens 4 e 5 da A Gênese – Um olhar sobre soberano Criador
4.
O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo imenso conduzido por um número
incontável de inteligências, um enorme governo onde cada ser inteligente tem
sua parte de ação sob o olhar do soberano Criador, cuja vontade única mantém a
unidade por toda a parte. Sob o império desse vasto poder regulador tudo se
movimenta, tudo funciona numa perfeita ordem. O que consideramos distúrbios são
movimentos parciais e isolados que aparentam ser irregulares somente porque
nossa visão é limitada. Se pudermos abarcar o conjunto, veremos nessas
irregularidades somente aparências que se harmonizam no todo.
Considerações
para pesquisas e discussões do grupo sobre o item 4
Vamos
entender que:
1. Deus coordena tudo mas existe toda uma estrutura
de INTELIGÊNCIAS que trabalham com ele na tarefa. Você concorda?
1. O que é Deus?
— Deus é a inteligência suprema, causa primária de
todas as coisas...
4. Onde podemos encontrar a prova da existência de
Deus?
— Num axioma que aplicais às vossas ciências: não
há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa
razão vos responderá.
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Comentário de
Kardec: Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O
universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus
seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pôde fazer
alguma coisa.
Comentário
de Kardec: A harmonia que regula as forças do universo revela combinações e
fins determinados, e por isso mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação
primária ao acaso, seria uma falta de senso, porque o acaso é cego e não pode
produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria um acaso.
Sobre:
incontável de inteligências
a) Em plano secundário temos:
111. Segunda classe. Espíritos Superiores
— Reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua
linguagem, que só transpira benevolência, é sempre digna, elevada, e
frequentemente sublime. Sua superioridade os torna, mais que os outros, aptos a
nos proporcionar as mais justas noções sobre as coisas do mundo incorpóreo,
dentro dos limites do que nos é dado conhecer. Comunicam-se voluntariamente com
os que procuram de boa fé a verdade e cujas almas estejam bastante libertas dos
liames terrenos, para a compreender; mas afastam-se dos que são movidos apenas
pela curiosidade ou que, pela influência da matéria, se desviam da prática do
bem.
Quando, por exceção, se encarnam na Terra, é para
cumprir uma missão de progresso, e então nos oferecem o tipo de perfeição a que
a humanidade pode aspirar neste mundo.
b) Em plano maior:
PRIMEIRA ORDEM: ESPÍRITOS PUROS
112. Caracteres Gerais. Nenhuma influência da
matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, em relação aos Espíritos
das outras ordens.
113. Primeira classe. Classe Única — Percorreram
todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria.
Havendo atingido a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, não têm
mais provas nem expiações a sofrer. Não estando mais sujeitos à reencarnação em
corpos perecíveis, vivem a vida eterna, que desfrutam no seio de Deus.
Gozam de uma felicidade inalterável, porque não
estão sujeitos nem às necessidades nem às vicissitudes da vida material, mas
essa felicidade não é a de uma ociosidade monótona, vivida em contemplação
perpétua.
==è São os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam, para
a manutenção da harmonia universal. Dirigem a todos os Espíritos que
lhes são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem e determinam as suas
missões. Assistir os homens nas suas angústias, incitá-los ao bem ou à expiação
das faltas que os distanciam da felicidade suprema é para eles uma ocupação
agradável. São, às vezes, designados pelos nomes de anjos, arcanjos ou
serafins.
5.A previsão dos movimentos progressivos da humanidade não é
surpreendente para os seres desmaterializados que veem o objetivo para o qual
tendem todas as coisas, alguns dos quais possuem o pensamento direto de Deus.
1 Eles presumem, nos movimentos parciais,
2 o tempo em que um movimento geral pode ser
realizado,
3 da mesma forma que se calcula antecipadamente o
tempo que uma árvore leva para dar frutos e os astrônomos calculam a época de
um fenômeno astronômico pelo tempo que leva um astro para completar sua
revolução.
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Mas aqueles que anunciam esses fenômenos, autores
de almanaques que predizem eclipses e marés, por certo, não estão em condições
de fazer os cálculos necessários;
apenas os repetem. O mesmo ocorre com os Espíritos secundários cuja visão é
limitada e somente repetem o que convém aos Espíritos superiores revelar.
Destaquei em sequência numérica acima,
para facilitar a leitura e entendimentos.
536. Os grandes fenômenos da Natureza,
esses que se consideram como perturbações dos elementos, são devidos a causas
fortuitas ou têm pelo contrário, um fim providencial?
— Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a
permissão de Deus.
536
– b) Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária,
nisso como em todas as coisas; mas como sabemos que os Espíritos podem agir
sobre a matéria e que eles são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se
alguns dentre eles não exerceriam uma influência sobre os elementos para os
agitar, acalmar ou dirigir?
— Mas é evidente; isso não pode ser de outra
maneira. Deus não se entrega a uma ação direta sobre a Natureza, mas tem os
seus agentes dedicados, em todos os graus da escala dos mundos.
537.
A Mitologia dos antigos é inteiramente fundada sobre as ideias espíritas, com a
diferença de que consideravam os Espíritos como divindades. Ora, eles nos
representavam esses deuses ou esses Espíritos com atribuições especiais. Assim,
uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir a
vegetação, etc. Essa crença é destituída de fundamento?
— Tão pouco destituída de fundamento que está
ainda muito aquém da verdade.
537
– a) Pela mesma razão poderia haver Espíritos habitando o interior da Terra e
presidindo aos fenômenos geológicos?
— Esses Espíritos não habitam precisamente a
Terra, mas presidem e dirigem os fenômenos segundo as suas atribuições. Um dia
tereis a explicação de todos esses fenômenos e os compreendereis melhor.
ð
Para Léon
Denis, os diversos elementos que compõem a Natureza são fonte de profundos
ensinamentos, um verdadeiro livro onde a alma com silêncio e atenção consegue
ler em caracteres sublimes os mistérios da criação. A Natureza se assemelha a
uma grande biblioteca onde as almas famintas da sabedoria imorredoura de Deus
sorvem as alegrias do infinito.
O céu estrelado, manto sagrado e misterioso que se
estende sob nossas cabeças, fala-nos da nossa destinação, dos cem mundos por
onde vivemos e viveremos. Quem nunca, nas noites calmas e estreladas, não
questionou a nossa destinação, o porquê da vida e se embriagou pelos mistérios
das lâmpadas acesas pelo infinito? Fonte inspiradora dos poetas e pintores,
místicos e filósofos.
E a floresta? Ah, que alegria a alma sente ao
embrear por seus caminhos. Um silêncio profundo ao homem se impõe, como se
estivesse entrando em um templo sagrado, morada de um grande sábio onde tudo é
lição e aprendizado. As vozes e murmúrios lhe alcançam. Ao longe, um pássaro
com sua deliciosa melodia; mais perto, o vento farfalha as árvores que sobe aos
céus como uma nave de uma igreja. Quanto bem nos faz a natureza? Ao fim da
jornada a alma está renovada, embriagada pelas forças misteriosas da natureza,
da criação de Deus. O seu convívio é fonte para a saúde da alma.
ð
Se a Natureza
é um grande livro, a beleza é a tinta que Deus escolheu para grafá-la e
imortalizá-la. Em Deus temos a fonte de toda a beleza e harmonia:
“É a ti, ó Potência Suprema! Qualquer que seja o
nome que te deem e por mais imperfeitamente que sejas compreendida; é a ti,
fonte eterna da vida, da beleza, da harmonia, que se elevam nossas aspirações,
nossa confiança, nosso amor!" [2]
Saibamos, pois, encontrar, no grande livro da
natureza, a beleza e a inspiração para a jornada das nossas vidas. E, sendo a
vida uma grande jornada, temos em Léon Denis um guia seguro e amoroso.
Sigamo-lo!
Referências:
1 - Léon Denis, O Grande Enigma, capítulo 4
2 - Léon Denis, O Grande Enigma, capítulo 1.
#espiritismo
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