De acordo com Herculano Pires “no
meio espírita a “fascinação” se manifesta de maneira ardilosa através de uma
avalanche de livros (acrescentando: e textos) comprometedores, tanto
psicografados como sugeridos a escritores (ou não), porém vaidosos.
Devemos observar que na fascinação o espírito além de
inteligente, é ardiloso e profundamente hipócrita pois só assim conseguirá
enganar e impor-se usando uma máscara e uma falsa aparência de virtude, usando
as palavras caridade, humildade e amor como ‘carta de fiança’ para ser aceito,
bem como que o tem para escrever (e na
maioria das vez quando escreve ou “psicografa uma texto”), o assunto em pauta
não lhe de diz respeito, é para os outros...
Na verdade o que o Espírito “fascinador
quer” será sempre impor a sua opinião e para isso procuram médiuns crédulos o
suficiente para aceitá-los de olhos fechados. Eles são os mais perigosos pelo
fato de não vacilarem em sofismar para melhor impor as mais ridículas utopias.
Normalmente utilizam uma
linguagem empolada, mais superficial que profunda e cheia de termos técnicos,
enfeitada com grandiosas palavras como Caridade e Moral, evitando
inteligentemente os maus conselhos para que seus enganados possam dizer:
observem que nada dizem que seja mau. Fica claro que os enganadores têm de
misturar o joio e o trigo, pois de outra forma seriam repelidos.
Destacando ainda: O processo de
fascinação não é registrado de um dia para o outro, pode começar na infância,
na adolescência e eclodir na maturidade, caso o envolvido não acorde para o engodo em que está sendo envolvido.
( engodo: m. Isca ou ceva para apanhar
peixes, aves etc. Chamariz, atrativo, astúcia sedutora e enganosa: o
engodo fácil do prazer. Adulação, lisonja, bajulação astuciosa)
Na Escala Espírita (ver O Livro
dos Espíritos) são quase sempre escritores. É por isso que procuram médiuns
flexíveis, que escrevam com facilidade, para poder transformá-los em dóceis
instrumentos e, acima de tudo, verdadeiros entusiastas de suas ideias. Eles
procuram compensar sua falta de qualidade pela quantidade de palavras, em
escritos verdadeiramente volumosos, muitas vezes indigestos, num claro exemplo
de prolixidade. Os espíritos verdadeiramente superiores são sóbrios nas
palavras porque sabem dizer muita coisa usando poucas linhas e provando que
devemos desconfiar sempre de toda fecundidade prodigiosa.
Vejamos um pouco mais com Allan
Kardec: Fascinação é:
·
Ilusão que, não obstante a inteligência do
médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações
recebidas;
·
Crença na infalibilidade e na identidade
absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e
venerados, dizem falsidades e absurdos;
·
Disposição para se afastar das pessoas que podem
esclarecê-lo; e
·
Levar a mal a crítica das comunicações que
recebe.
Do Espírito de São Luís em O
Livro dos Médiuns estudamos que: quando
nos encontrarmos em dúvida quanto à qualidade ou identidade de algum espírito:
“por mais legítima confiança que vos inspirem os Espíritos [...], há uma
recomendação que nunca seria demais repetir e que deveis ter sempre em mente ao
vos entregardes aos estudos: a de pesar e analisar, submetendo ao mais rigoroso
controle da razão todas as comunicações que receberdes; a de não negligenciar,
desde que algo vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as
explicações necessárias para formar a vossa opinião” (infelizmente nosso orgulho
e vaidade própria nos impede de fazermos isto – destaque nosso.)
Concluindo com Allan Kardec,
Fascinação “trata-se de uma
ilusão criada diretamente pelo Espírito no pensamento do médium e que paralisa
de certa maneira a sua capacidade de julgar as comunicações. O médium fascinado
não se considera enganado. O Espírito consegue inspirar-lhe uma confiança cega,
impedindo-o de ver a mistificação e de compreender o que escreve, mesmo quando
este salta aos olhos de todos”
Nenhum comentário:
Postar um comentário