domingo, 17 de junho de 2012

Obsessão por Fascinação - pequeno estudo



De acordo com Herculano Pires “no meio espírita a “fascinação” se manifesta de maneira ardilosa através de uma avalanche de livros (acrescentando: e textos) comprometedores, tanto psicografados como sugeridos a escritores (ou não), porém vaidosos.

Devemos observar  que na fascinação o espírito além de inteligente, é ardiloso e profundamente hipócrita pois só assim conseguirá enganar e impor-se usando uma máscara e uma falsa aparência de virtude, usando as palavras caridade, humildade e amor como ‘carta de fiança’ para ser aceito, bem como que o tem para escrever  (e na maioria das vez quando escreve ou “psicografa uma texto”), o assunto em pauta não lhe de diz respeito, é para os outros...

Na verdade o que o Espírito “fascinador quer” será sempre impor a sua opinião e para isso procuram médiuns crédulos o suficiente para aceitá-los de olhos fechados. Eles são os mais perigosos pelo fato de não vacilarem em sofismar para melhor impor as mais ridículas utopias.

Normalmente utilizam uma linguagem empolada, mais superficial que profunda e cheia de termos técnicos, enfeitada com grandiosas palavras como Caridade e Moral, evitando inteligentemente os maus conselhos para que seus enganados possam dizer: observem que nada dizem que seja mau. Fica claro que os enganadores têm de misturar o joio e o trigo, pois de outra forma seriam repelidos.
Destacando ainda: O processo de fascinação não é registrado de um dia para o outro, pode começar na infância, na adolescência e eclodir na maturidade, caso o envolvido não acorde para o engodo em que está  sendo envolvido.
( engodo: m. Isca ou ceva para apanhar peixes, aves etc. Chamariz, atrativo, astúcia sedutora e enganosa: o engodo fácil do prazer. Adulação, lisonja, bajulação astuciosa)

Na Escala Espírita (ver O Livro dos Espíritos) são quase sempre escritores. É por isso que procuram médiuns flexíveis, que escrevam com facilidade, para poder transformá-los em dóceis instrumentos e, acima de tudo, verdadeiros entusiastas de suas ideias. Eles procuram compensar sua falta de qualidade pela quantidade de palavras, em escritos verdadeiramente volumosos, muitas vezes indigestos, num claro exemplo de prolixidade. Os espíritos verdadeiramente superiores são sóbrios nas palavras porque sabem dizer muita coisa usando poucas linhas e provando que devemos desconfiar sempre de toda fecundidade prodigiosa.

Vejamos um pouco mais com Allan Kardec: Fascinação é: 
·         Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas;
·         Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem falsidades e absurdos;
·         Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo; e
·         Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.

Do Espírito de São Luís em O Livro dos Médiuns estudamos que:  quando nos encontrarmos em dúvida quanto à qualidade ou identidade de algum espírito: “por mais legítima confiança que vos inspirem os Espíritos [...], há uma recomendação que nunca seria demais repetir e que deveis ter sempre em mente ao vos entregardes aos estudos: a de pesar e analisar, submetendo ao mais rigoroso controle da razão todas as comunicações que receberdes; a de não negligenciar, desde que algo vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações necessárias para formar a vossa opinião” (infelizmente nosso orgulho e vaidade própria nos impede de fazermos isto – destaque nosso.)

Concluindo com Allan Kardec,
Fascinação “trata-se de uma ilusão criada diretamente pelo Espírito no pensamento do médium e que paralisa de certa maneira a sua capacidade de julgar as comunicações. O médium fascinado não se considera enganado. O Espírito consegue inspirar-lhe uma confiança cega, impedindo-o de ver a mistificação e de compreender o que escreve, mesmo quando este salta aos olhos de todos”

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