Reflexões sobre a necessidade de ler,
estudar e praticar a Doutrina Espírita.
Allan Kardec
“Que os espíritas
sejam, pois os primeiros a aproveitar os benefícios que ele (o Espiritismo)
traz, e que inaugurem entre si o reino da harmonia, que resplandecerá nas
gerações futuras”. Allan Kardec – Revista Espírita, dezembro de 1868.
“O homem chegou a um período em que as ciências, as artes e a
indústria atingiram um limite até hoje desconhecidos; se os gozos que delas
tira satisfazem à vida material, deixam um vazio na alma; o homem aspira a algo
melhor; sonha com melhores instituições; quer a vida, a felicidade, a igualdade,
a justiça para todos. Mas, como atingir tudo isso com os vícios da sociedade e,
sobretudo, com o egoísmo?” Allan Kardec – Viagem Espírita de 1862.
“Coloco em primeira instância o consolo que é preciso
oferecer aos que sofrem, erguer a coragem dos caídos, arrancar um homem de suas
paixões, do desespero, do suicídio, detê-lo talvez no limiar do crime...” Allan
Kardec na viagem Espírita de 1862.
“Não basta dizer-se espírita. Aquele que o é de coração
prova-o por seus atos. Não pregando (…) senão o bem, o respeito às leis, à
caridade, à tolerância e à benevolência para com todos”. Allan Kardec – Revista
Espírita de janeiro de 1867 (Olhar retrospectivo sobre o Movimento Espírita).
Sobre nossos temperamentos: “Entre os impacientes, sem dúvida
alguns há de muito boa-fé e que gostariam que as coisas andassem ainda mais
depressa; assemelham-se a essas criaturas que julgam adiantar o tempo
adiantando o relógio. Outros, não menos sinceros, são impelidos pelo
amor-próprio a serem os primeiros as chegar; semeiam antes da estação e apenas
colhem frutos malogrados. Infelizmente, ao lado destes existem outros que
empurram o carro a mil por hora, na esperança de vê-lo tombar”. Allan Kardec –
Nova tática dos adversários do espiritismo – Revista espírita, junho de 1865.
Fraquezas humanas, página 29: “... Espíritos malfeitores se
ligam aos grupos, do mesmo modo que aos indivíduos. Ligam-se, primeiramente,
aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando fazê-los seus instrumentos e
gradativamente vão envolvendo os conjuntos...”. Allan Kardec – O Livro dos
Médiuns – Cap. 29, item 340.
Se, porém o Espiritismo não pode escapar às fraquezas
humanas, com as quais se tem de contar sempre, pode todavia neutralizar-lhes as
consequências e isto é o essencial”. Allan Kardec, em Obras Póstumas “Dos
cismas”.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X, item 21, Allan
Kardec indaga ao Espírito São Luis (Paris 1860): Haverá casos que convenha se
desvende o mal de outrem? “É muito delicada esta questão e, para resolvê-la,
necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições
de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em
divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de
preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias,
desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale
caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar
a soma das vantagens e dos inconvenientes”.
“Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita
aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e
esclarecida aos que duvidam ou vacilam”. Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap.17, item 4.
“Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas
más inclinações?” “Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito
insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem
esforços”. Questão 909 onde: O Livro dos Espíritos.
Allan Kardec - Revista Espírita – Junho 1868: " O
pensamento e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para o homem. Pelo
pensamento, eles imprimem a esses fluídos tal ou tal direção; aglomeram-nos,
combinam-nos ou os dispersam; com eles formam conjuntos tendo uma aparência,
uma forma, uma cor determinada(...) Algumas vezes, essas transformações são o
resultado de uma intenção; frequentemente, são o produto de um pensamento
inconsciente; basta ao Espírito pensar numa coisa para que essa coisa se
produza."
CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA item 56
56. Qual a utilidade da doutrina moral dos Espíritos, uma vez
que não difere da do Cristo? Precisa o homem de uma revelação? Não pode achar
em si próprio tudo o que lhe é necessário para conduzir-se?
Do ponto de vista moral, é fora de dúvida que Deus outorgou
ao homem um guia, dando-lhe a consciência, que lhe diz: “Não faças a outrem o
que não quererias te fizessem.”
A moral natural está positivamente inscrita no coração dos
homens; porém, sabem todos lê-la nesse livro? Nunca lhe desprezaram os sábios
preceitos? Que fizeram da moral do Cristo? Como a praticam mesmo aqueles que a ensinam?
Reprovareis que um pai repita a seus filhos dez vezes, cem vezes as mesmas
instruções, desde que eles não as sigam? Por que haveria Deus de fazer menos do
que um pai de família? Por que não enviaria, de tempos a tempos, mensageiros
especiais aos homens, para lhes lembrarem os deveres e reconduzi-los ao bom
caminho, quando deste se afastam; para abrir os olhos da inteligência aos que
os trazem fechados, assim como os homens mais adiantados enviam missionários
aos selvagens e aos bárbaros?
A moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, pela razão de
que não há outra melhor. Mas, então, de que serve o ensino deles, se apenas
repisam o que já sabemos? Outro tanto se poderia dizer da moral do Cristo, que
já Sócrates e Platão ensinaram quinhentos anos antes e em termos quase idênticos.
O mesmo se poderia dizer também das de todos os moralistas, que nada mais fazem
do que repetir a mesma coisa em todos os tons e sob todas as formas. Pois bem!
os Espíritos vêm, muito simplesmente, aumentar o número dos moralistas, com a
diferença de que, manifestando-se por toda parte, tanto se fazem ouvir na
choupana, como no palácio, assim pelos ignorantes, como pelos instruídos.
O que o ensino dos Espíritos acrescenta à moral do Cristo é o
conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos,
princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado
e de seu futuro, dando por sanção à doutrina cristã as próprias leis da
Natureza. Com o auxílio das novas luzes que o Espiritismo e os Espíritos
espargem, o homem se reconhece solidário com todos os seres e compreende essa
solidariedade; a caridade e a fraternidade se tornam uma necessidade social;
ele faz por convicção o que fazia unicamente por dever, e o faz melhor.
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