sexta-feira, 26 de julho de 2013

Reflexões sobre a necessidade de ler, estudar e praticar a Doutrina Espírita

Reflexões sobre a necessidade de ler, estudar e praticar a Doutrina Espírita.
 Allan Kardec


 “Que os espíritas sejam, pois os primeiros a aproveitar os benefícios que ele (o Espiritismo) traz, e que inaugurem entre si o reino da harmonia, que resplandecerá nas gerações futuras”. Allan Kardec – Revista Espírita, dezembro de 1868.

“O homem chegou a um período em que as ciências, as artes e a indústria atingiram um limite até hoje desconhecidos; se os gozos que delas tira satisfazem à vida material, deixam um vazio na alma; o homem aspira a algo melhor; sonha com melhores instituições; quer a vida, a felicidade, a igualdade, a justiça para todos. Mas, como atingir tudo isso com os vícios da sociedade e, sobretudo, com o egoísmo?” Allan Kardec – Viagem Espírita de 1862.

“Coloco em primeira instância o consolo que é preciso oferecer aos que sofrem, erguer a coragem dos caídos, arrancar um homem de suas paixões, do desespero, do suicídio, detê-lo talvez no limiar do crime...” Allan Kardec na viagem Espírita de 1862.

“Não basta dizer-se espírita. Aquele que o é de coração prova-o por seus atos. Não pregando (…) senão o bem, o respeito às leis, à caridade, à tolerância e à benevolência para com todos”. Allan Kardec – Revista Espírita de janeiro de 1867 (Olhar retrospectivo sobre o Movimento Espírita).

Sobre nossos temperamentos: “Entre os impacientes, sem dúvida alguns há de muito boa-fé e que gostariam que as coisas andassem ainda mais depressa; assemelham-se a essas criaturas que julgam adiantar o tempo adiantando o relógio. Outros, não menos sinceros, são impelidos pelo amor-próprio a serem os primeiros as chegar; semeiam antes da estação e apenas colhem frutos malogrados. Infelizmente, ao lado destes existem outros que empurram o carro a mil por hora, na esperança de vê-lo tombar”. Allan Kardec – Nova tática dos adversários do espiritismo – Revista espírita, junho de 1865.

Fraquezas humanas, página 29: “... Espíritos malfeitores se ligam aos grupos, do mesmo modo que aos indivíduos. Ligam-se, primeiramente, aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando fazê-los seus instrumentos e gradativamente vão envolvendo os conjuntos...”. Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – Cap. 29, item 340.

Se, porém o Espiritismo não pode escapar às fraquezas humanas, com as quais se tem de contar sempre, pode todavia neutralizar-lhes as consequências e isto é o essencial”. Allan Kardec, em Obras Póstumas “Dos cismas”.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X, item 21, Allan Kardec indaga ao Espírito São Luis (Paris 1860): Haverá casos que convenha se desvende o mal de outrem? “É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes”.
“Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam”. Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.17, item 4.

“Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?” “Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços”. Questão 909 onde: O Livro dos Espíritos.
Allan Kardec - Revista Espírita – Junho 1868: " O pensamento e a vontade são para os Espíritos o que a mão é para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem a esses fluídos tal ou tal direção; aglomeram-nos, combinam-nos ou os dispersam; com eles formam conjuntos tendo uma aparência, uma forma, uma cor determinada(...) Algumas vezes, essas transformações são o resultado de uma intenção; frequentemente, são o produto de um pensamento inconsciente; basta ao Espírito pensar numa coisa para que essa coisa se produza."

CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA item 56
56. Qual a utilidade da doutrina moral dos Espíritos, uma vez que não difere da do Cristo? Precisa o homem de uma revelação? Não pode achar em si próprio tudo o que lhe é necessário para conduzir-se?

Do ponto de vista moral, é fora de dúvida que Deus outorgou ao homem um guia, dando-lhe a consciência, que lhe diz: “Não faças a outrem o que não quererias te fizessem.”
A moral natural está positivamente inscrita no coração dos homens; porém, sabem todos lê-la nesse livro? Nunca lhe desprezaram os sábios preceitos? Que fizeram da moral do Cristo? Como a praticam mesmo aqueles que a ensinam? Reprovareis que um pai repita a seus filhos dez vezes, cem vezes as mesmas instruções, desde que eles não as sigam? Por que haveria Deus de fazer menos do que um pai de família? Por que não enviaria, de tempos a tempos, mensageiros especiais aos homens, para lhes lembrarem os deveres e reconduzi-los ao bom caminho, quando deste se afastam; para abrir os olhos da inteligência aos que os trazem fechados, assim como os homens mais adiantados enviam missionários aos selvagens e aos bárbaros?

A moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, pela razão de que não há outra melhor. Mas, então, de que serve o ensino deles, se apenas repisam o que já sabemos? Outro tanto se poderia dizer da moral do Cristo, que já Sócrates e Platão ensinaram quinhentos anos antes e em termos quase idênticos. O mesmo se poderia dizer também das de todos os moralistas, que nada mais fazem do que repetir a mesma coisa em todos os tons e sob todas as formas. Pois bem! os Espíritos vêm, muito simplesmente, aumentar o número dos moralistas, com a diferença de que, manifestando-se por toda parte, tanto se fazem ouvir na choupana, como no palácio, assim pelos ignorantes, como pelos instruídos.

O que o ensino dos Espíritos acrescenta à moral do Cristo é o conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos, princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado e de seu futuro, dando por sanção à doutrina cristã as próprias leis da Natureza. Com o auxílio das novas luzes que o Espiritismo e os Espíritos espargem, o homem se reconhece solidário com todos os seres e compreende essa solidariedade; a caridade e a fraternidade se tornam uma necessidade social; ele faz por convicção o que fazia unicamente por dever, e o faz melhor.

Somente quando praticarem a moral do Cristo poderão os homens dizer que não mais precisam de moralistas encarnados ou desencarnados. Mas, também, Deus, então, já não lhos enviará

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