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O que fazer para que
evitar a obsessão coletiva em nossos Grupos de trabalhos? Obsessão nos Grupos
Espíritas
Obsessão – Flagelo dos Séculos
467. Pode o homem se afastar
da influência dos Espíritos que o incitam ao mal?
-- Sim, porque eles só se
ligam aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.
Não resta menor dúvida de que
a obsessão é o flagelo do século XX (e também do XXI). Isso mesmo foi dito pelo
eminente espírita Léon Denis em suas obras. O estado atual da sociedade, quando
vemos o ‘espírito das trevas” agindo em todos os setores, coletivamente, também
foi profetizada por esse grande inspirado, colaborador de Allan Kardec. Nunca é
demais, portanto, rebatermos nessa desagradável tecla, lembrando aos espíritas
a urgente necessidade de se habilitarem moral, mental e doutrinariamente,
quanto possível...
A obsessão merece dos verdadeiros
espíritas as mais acuradas atenções. Ela já se infiltra até mesmo “no seio dos santuários”,
isto é, nos templos religiosos com nos
templos espíritas pouco vigilantes, promovendo ciúmes entre seus componentes,
vaidades, dissenções, mal-entendidos, “reformas doutrinárias” e demais
operosidades que contrariam os postulados da Doutrina, haja visto o que, no
momento, se passa, quando detectamos agrupamentos espíritas, dantes vistos e
reconhecidos como templos, a exercerem o perfeito intercâmbio espiritual, hoje
reduzidos a meros clubes onde verificamos de tudo: abusivas e inaceitáveis compras
e vendas de “lanches” e merendas, festas e cânticos, burocracias intransigente,
diversões, recreios, mas não a “casa do Senhor”, de onde os protetores
Espirituais se retiram, e onde não contemplamos aquelas autênticas atividades
próprias do Consolador, que eram o testemunho da presença do Cristo entre nós.
A
obsessão é um tema sempre colocado em nossos agrupamentos espíritas, no
entanto, vê-se ainda, infelizmente, um desconhecimento da parte dos próprios
adeptos sobre esta questão.
O
capítulo 23 da segunda Parte de O Livro dos Médiuns e o capítulo XIV de A Gênese,
a partir do item 45, nos trazem estudos que nos dão o conceito do que é
obsessão, obsidiado e o reconhecimento de seus processos de instalação e o como
agir para erradicá-lo.
Além
Allan Kardec e obras complementares como a coleção André Luiz e Manoel
Philomeno de Miranda e obras de dona Yvonne Pereira, devotada médium que muito
se dedicou aos obsessores e obsidiados, entre estas obras indicamos:
-
Dramas da Obsessão, do espírito Bezerra de Menezes; Devassando o Invisível,
inspirada por Charles, Bezerra de Menezes, Léon Denis, Inácio Bittencourt e Leon
Tolstoi; Recordações da Mediunidade, orientada por Bezerra de Menezes; a
trilogia Nas Voragens do Pecado, O Cavaleiro de Numiers e O Drama da Bretanha,
do Espírito Charles; Amor e Ódio, do Espírito Charles; Sublimação, dos
espíritos Charles e Leon Tolstoi e várias obras que contém artigos de refinado
valor doutrinário.
Adeptos
há que se chocam ante posturas de outros adeptos que são incoerentes para com o
Evangelho e a Doutrina Espírita e que se dão nos Grupos os mais diversos
espalhados por nosso Brasil, esquecendo-se desta advertência de Allan Kardec em
O Evangelho segundo o Espiritismo:
-
“(...) Tampouco garantia alguma suficiente haverá na conformidade que apresente
o que se possa obter por diversos médiuns, num mesmo centro, porque podem todos
estar sob a mesma influência” (Introdução, item II). Todo um Grupo
Espírita pode estar sob o império de uma obsessão e, para os que se dedicam aos
estudos e atuam com coerência doutrinária, não é difícil perceber tal fato.
Os
Espíritos têm alertado muito em suas obras sobre este processo...
Surgem,
diariamente, médiuns equivocados, agressivos, presunçosos, vingativos,
perseguidores, insensatos, pretendendo a supremacia, em total olvido das lições
de Jesus de Nazaré.
Por
outro lado, surgem tentativas extravagantes para atualizar o pensamento
espírita com a balbúrdia em lugar da alegria, com os espetáculos ridículos das
condutas sociais reprocháveis, com falsos holismos (global) em que se misturam
diferentes conceitos, a fim de agradar às diversas denominações religiosas, com
a introdução de festas e atividades lucrativas, nas quais não faltam as bebidas
alcoólicas, como os bailes estimulantes à sensualidade, com os festejos
carnavalescos, a fim de atraírem-se mais adeptos e especialmente jovens, em vez
de os educar e orientar, aceitando-lhes as imposições da transitória mocidade.
Denominam-se os devotados trabalhadores fieis à Codificação, em tons chistosos
e de ridículo, como os ortodoxos, e, dizem-se modernistas, como se os Espíritos
igualmente se dividissem em severos e gozadores, austeros e brincalhões na
utilização da mensagem libertadora do Evangelho de Jesus à luz da revelação
espírita...”
(capítulo 17 – Ampliando o Campo de Trabalho – Livro Transição
Planetária de Divaldo Franco).
No
capítulo 19 – da mesma obra citada, diz
Manoel Philomeno de Miranda:
- “Com
certeza, embora as armadilhas perversas e as perseguições inclementes, ninguém,
que se encontre desamparado, a mercê do mal, exceto quando se permite
espontaneamente a vinculação com essas forças ignóbeis...
Fixamos
em especial na área do movimento espírita comprometido com Jesus e sua
doutrina, alvo primordial de determinados grupos da grei autodenominada como o
Mal.
As
trevas vem cercando alguns médiuns Invigilantes, inspirando-os a comportamentos
incompatíveis com as recomendações do Mestre Jesus e dos Espíritos Superiores
através da Codificação Kardequiana, estimulando-os a espetáculos em que a
mediunidade fica ridicularizada, como se fosse um adorno para exaltar seu
possuidor.
Concomitantemente,
fomentando paixões servis nos trabalhadores afeiçoados ao socorro espiritual
nas reuniões mediúnicas, fazendo-os crer que estão reencontrando seres queridos
de outras existências, que agora lhes perturbam os lares e facilitam
convivências adulterinas em flagrante desrespeito aos códigos morais e aos do
dever da família... Fascinação, subjugação que se iniciam discretamente e
roubam o discernimento de muitos, constituem o jogo das Entidades insanas,
aproveitando-se das debilidades ainda persistentes em a natureza humana...
Além
dessas ações nefastas, trabalham pela desunião de companheiros de lide
espiritual, pela maledicência e calúnias bem divulgadas, como se estivessem
trabalhando para senhores diferentes e não para Aquele que deu a vida em
demonstração insuperável de amor e de compaixão por todos nós.
Em
determinadas situações, desencadeiam enfermidades de diagnose difícil,
ocultando a sua interferência nos organismos debilitados e carentes de
energias, levando ao fosso do desânimo pessoas afeiçoadas ao dever e
comprometidas com a fraternidade legítima.
Na
área da caridade, movimentam os discutidores que perdem o tempo entre os
conceitos de paternalismo e de promoção social, olvidados do socorro que
normalmente chega tarde, quando se aplicam as horas em ociosidade mental e
divagação intelectual”.
Repetindo:
‘Não
é de agora, porém, a investida das Trevas no Movimento Consolador, eis o que já
nos colocava Yvonne Pereira:
-
“A obsessão merece dos verdadeiros espíritas as mais acuradas atenções.
Ela já se infiltra até mesmo “no seio dos santuários”, isto é, nos templos espíritas
pouco vigilantes, promovendo ciúmes entre seus componentes, vaidades,
dissensões, mal-entendidos, “reformas doutrinárias“ e demais operosidades que
contrariam os postulados da Doutrina...
E não
se falando da “mania”, ora em exercício, de “modificar”, “renovar” e
“atualizar” a Doutrina dos Espíritos, que, pelo visto, deixou de agradar
àqueles que acima dela desejam colocar a própria personalidade.
Afirmam
os adeptos de tais movimentações que o espiritismo “evoluiu”, e que tudo isso
não é senão o “progresso” da Doutrina. Mas tal asserção é insana, pois que a
lógica e o bom senso indicam que a evolução do Espiritismo seria, em parte, a
vinda de outras revelações do Alto, a comunhão perfeita do consolador com os
homens, a pesquisa legítima e séria, e não a deturpação que vemos nos ambientes
que devem ser consagrados ao intercâmbio com o Alto, onde consolamos os mais
infelizes do que nós, e onde somos consolados e instruídos por aqueles seres
angelicais que nos amam e que, há milênios, talvez, se esforçam por nos verem
redimidos de tantos erros.
Certamente
que muitos núcleos espíritas se conservam afinados com as forças do Alto,
movimentando-se normalmente, sem as intromissões indevidas, que só podem
desfigurar os ensinamentos que temos todos tido a honra de receber dos códigos
doutrinários” (Cânticos do Coração, volume II, 1ª edição: CELD, 1994 no
capítulo VI – O Flagelo do Século, p. 66).
O que fazer para
que evitar a obsessão coletiva em nossos Grupos de trabalhos?
No
livro “Dramas da Obsessão”, Bezerra de Menezes (Espírito)/ Yvonne Pereira –
médium – Capítulo 3 de Leonel e os Judeus, orienta:
-
“As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos
cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos
variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de
enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a
oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais,
mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da
Imortalidade a serviço da Terceira Revelação.
Essas
vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão-de
conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e
indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se
mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas
profundas possibilidades. Daí porque a Espiritualidade esclarecida
recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias
espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a
maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitudes
menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do caráter e da
inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para
a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e
malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal
ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes
se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja.
Um
Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou
desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de
aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para
futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a
prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças
telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de
cerimônias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os
seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel
observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da
filosofia espírita, será detentor da confiança da Espiritualidade esclarecida,
a qual o elevará à dependência de organizações modelares do Espaço,
realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimento, que honrarão os
seus dirigentes dos dois planos da Vida.
Somente
esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou
templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências
espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou
práticas extravagantes ou inapropriadas serão, no Espaço, considerados meros
clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer”.
Oração,
vigilância nos pensamentos, palavras, atitudes, sinceridade e lealdade de
sentimentos para com os companheiros de Causa, eis o que devemos estar a
realizar cotidianamente para nossa própria defesa.
Bibliografia
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
Cânticos do Coração II – D. Yvonne Pereira
Transição Planetária – Divado Franco e MPM
Dramas da Obsessão – D. Yvonne Pereira e Dr. Bezerra de Menezes
Artigo de Leonardo Paixão – Obsessão nos Grupos
Espíritas
2 comentários:
Olha air como eu Gostei deste artigo e concordo com o pensamento do autor parabéns �� ��
Olha air como eu Gostei deste artigo e concordo com o pensamento do autor parabéns �� ��
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