Assuntos antológicos sobre Mediunidade:
Papel do médium
nas comunicações
“A
mediunidade propriamente dita independe da inteligência, como das qualidades
morais. Na falta de melhor instrumento o Espírito pode servir-se do que tem à
mão. Mas é natural que, para as comunicações de certa ordem, prefira o médium
que lhe oferece menos obstáculos materiais.”
“Disso resulta que, salvo algumas poucas exceções, o médium
transmite o pensamento dos Espíritos pelos meios mecânicos de que dispõe, e a
expressão desse pensamento pode e deve, o mais frequentemente, ressentir-se da
imperfeição desses meios. Assim, o homem inculto, o camponês, poderá dizer as
mais belas coisas, exprimir os mais elevados pensamentos, os mais filosóficos,
falando como camponês, pois, como se sabe, para os Espíritos o pensamento está
acima de tudo.”
Os Espíritos Erasto e Timóteo resumem e concluem:
“Como já dissemos,
os Espíritos não têm necessidades de vestir os seus pensamentos com palavras.
Eles o percebem e os transmitem entre si. Os seres encarnados pelo contrário,
só podem comunicar-se pelo pensamento traduzido em palavras. Enquanto a letra,
a palavra, o substantivo, o verbo, a frase, enfim, vos são necessários para
percepção, mesmo mental, nenhuma forma visível ou tangível é necessária para
nós.”
Fonte: Papel do médium
nas comunicações. O livro dos médiuns, Allan Kardec
Influência do meio
“(…) toda vez que os homens se reúnem, há
entre eles uma reunião oculta de simpatizantes de suas qualidades ou de suas
imperfeições, e isso sem qualquer ideia de evocação.”
“ Em resumo: as condições do meio serão tanto melhores, quanto
maior homogeneidade houver para o bem, com mais sentimentos puros e elevados,
mais desejo sincero de aprender, sem segundas intenções.”
Fonte: A influência do Meio. O
livro dos médiuns, Allan Kardec
Influência moral
do médium
“Se o médium,
quanto à execução, é apenas um instrumento, no tocante à moral exerce grande
influência. Porque o Espírito comunicante identifica-se com o Espírito do
médium, e para essa identificação é necessário haver simpatia entre eles, e se
assim podemos dizer, afinidade.”
“Suponhamos, primeiro, uma facilidade de execução suficientemente
grande para permitir que os Espíritos se comuniquem livremente, sem o embaraço
de qualquer dificuldade material. Isso posto, o que mais importa considerar é a
natureza dos Espíritos que o assistem habitualmente, e para tanto o que mais
nos deve interessar não são os nomes, mas a linguagem. Jamais ele deve
esquecer-se de que a simpatia que conseguir entre os Espíritos bons estará na
razão dos esforços para afastar os maus. Convicto de que a sua faculdade é um
dom que lhe foi concedido, para o bem, não se prevalecerá dela de maneira
alguma, nem se atribuirá qualquer mérito por possuí-la. Recebe como uma graça
às boas comunicações, devendo esforçar-se por merecê-las através da sua
bondade, da sua benevolência e da sua modéstia.”
Fonte: Influência moral do médium. O livro dos médiuns, Allan
Kardec.
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