O nascimento de uma Estrela
Uma estrela é uma imensa esfera de gás que gera energia em seu centro através de reações de fusão nuclear. Ela difere de um planeta exatamente pelo fato de este não ter fonte interna de energia nuclear. As estrelas, sem exceção, nascem, vivem e ... morrem! Embora o nascimento de todas as estrelas ocorra de forma semelhante, sua vida e sua morte dependem de diversos parâmetros, entre eles a composição química e, principalmente, a massa.Depois que a proto-estrela se forma, ela continua a se concentrar e diminuir de tamanho. Nessa contração a temperaura interna aumenta bastante, a ponto de ionizar os átomos aí existentes, retirando os elétrons que giram em torno do núcleo atômico. O interior da proto-estrela passa a ser constituído não mais de átomos, mas sim de uma mistura de prótons e elétrons, basicamente. A essa mistura dá-se o nome de plasma, conhecido como sendo o quarto estado físico da matéria.
Devido à alta temperatura, os prótons apresentam um movimento muito intenso. Alguns deles podem se chocar, e apesar das forças de repulsão eletrostática que procuram repelir cargas elétricas de mesmos nomes, a velocidade desses prótons pode ser tão grande que eles conseguem suplantar essa repulsão e se unirem entre si. Quando ocorre a fusão desses prótons, diz-se que foi feita uma fusão nuclear. É quando começam as reações de fusão nuclear no interior da proto-estrela que dizemos que nasceu uma estrela.
Assim, uma estrela é um corpo gasoso no interior do qual estão ocorrendo reações de fusão nuclear que transformam elementos químicos de peso atômico menor em elementos de peso atômico maior. Resumidamente costuma-se dizer que está havendo a passagem de elementos leves para elementos mais pesados. Sabe-se hoje que a fusão de elementos químicos mais leves para mais pesados, especificamente dos mais leves, se dá com a liberação de energia. A fusão nuclear é a fonte de energia das estrelas. Enquanto houver combustível nuclear no interior da estrela que possa ser convertido num elemento mais pesado com a liberação de energia, a estrela permanecerá viva.
O telescópio espacial Hubble revolucionou a Astronomia, respondendo a antigas questões formuladas pela humanidade e trazendo à frente de nossos olhos um universo muitas vezes até então impensado. Como nascem as estrelas? Como são formados os mundos? No final do século XX, cientistas consideram que as discussões sobre os processos fundamentais referentes a algumas dessas questões milenares estão praticamente encerradas devido ao êxito das pesquisas do Hubble.
Com Allan Kardec aprendemos em O Evangelho Segundo o Espiritismo em seu capítulo XXVIII item 89 que “para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da natureza material, Deus concedeu aos homens a vista física, os sentidos corporais e os instrumentos especiais. Com o telescópio, ele mergulha o seu olhar nas profundidades do espaço, e com o microscópio descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar o mundo invisível, deu-lhe a mediunidade”.
Muitos médiuns ao longo dos tempos fizeram de suas vidas um vasto campo de histórias, mitos, superando barreiras e preconceitos.
Assim como a luz das estrelas provocou a invenção do telescópio; assim como para se estudar o infinitamente pequeno foi necessário o microscópio, assim também a averiguação da existência dos Espíritos, ou daqueles que impropriamente chamamos mortos, não dispensa um instrumento, e esse instrumento não poderia ser mais aperfeiçoado do que o próprio corpo humano, o mesmo de que se servem os Espíritos quando encarnados na Terra.
O médium é, pois, uma criatura humana, seja homem ou mulher, velho ou moço, que tem aptidões físicas e cujo corpo carnal é suscetível de sofrer a influência de outra criatura, ou a de um Espírito. (Médiuns e Mediunidade).
Entre tantos médiuns, destacamos como fonte de nossas referências, D. Yvonne Pereira, que no dia 24 de dezembro de 1900 retornava ao nosso convívio físico, nós os encarnados. Uma outra ESTRELA nascia e através de sua energia vem iluminando almas, e em função desta energia, é que fizemos este paralelo acima sobre NASCIMENTO DE UMA ESTRELA.
Vejamos um pouco mais de sua história:
Yvonne do Amaral Pereira (YPHONE na certidão de nascimento) nasceu na antiga Villa de Santa Thereza de Valença, no sítio do Rapa-queijo, hoje Rio das Flores, sul do estado do Rio de Janeiro, às 6 horas da manhã. O pai, um pequeno negociante, Manoel José Pereira Filho e a mãe Elizabeth do Amaral Pereira. Teve 5 irmãos mais moços e um mais velho, filho do primeiro casamento da mãe.
Aos 29 dias de nascida, depois de um acesso de tosse, sobreveio uma sufocação que a deixou como morta (catalepsia ou morte aparente). O fenômeno foi fruto dos muitos complexos que carregava no espírito, já que, na última existência terrestre, morrera afogada por suicídio. Durante 6 horas permaneceu nesse estado. O médico e o farmacêutico atestaram morte por sufocação. O velório foi preparado. A suposta defunta foi vestida com grinalda e vestido branco e azul. O pequeno caixão branco foi encomendado. A mãe se retirou a um aposento, onde fez uma sincera e fervorosa prece a Maria de Nazaré, pedindo para que a situação fosse definida, pois, não acreditava que a filha estivesse morta. Instantes depois, a criança acorda aos prantos. Todos os preparativos foram desfeitos. O funeral foi cancelado e a vida seguiu seu curso normal.
Destaque de uma série de entrevistas com D. Yvonne.
Obreiros do Bem – Reportando-se a outra série de livros seus mais especificamente, nas Voragens do Pecado, O cavaleiro de Numiers, e o Drama de Bretanha, que nos poderia dizer sobre as circunstâncias de captação desses livros?
Yvone Pereira
O mais interessante nessa série de três livros é o fato de que eu comecei a recebê-la de trás para diante, ou seja, do último da série para o primeiro, logo depois que terminei os trabalhos finais de Memórias de um suicida. Primeiro, escrevi o drama de Bretanha, que fecha o ciclo, depois chegou O cavaleiro de Numiers, o elo principal da corrente; mas, só no ano de 1959 foi escrito Nas Voragens do pecado, o primeiro da série como já disse.Na verdade, só vim a me perceber de que isso havia acontecido quando recebi ordens de Charles para revisar, junto com os mentores, O drama de Bretanha. Todos esses livros – menos Nas voragens do pecado, foram originalmente, escritos em blocos de papel manilha, rosa ou amarelo, ou papel de pão, papel pardo, que eu juntava, visto que sempre vivi em extrema dificuldade financeira; conseguia o papel, ajeitava-o, passava–o a ferro e utilizava-o na escrita dos livros. Como o lápis não tinha bom desempenho sobre papel desses tipos, eu resolvi escrever com caneta. Isso, aparentemente sem importância, foi à salvação da série, principalmente de O drama de Bretanha e o Cavaleiro de Numiers, porque trinta anos depois de escritos, já estando o papel puído, a sombra do lápis já teria desaparecido, mas a caneta resistiu à ação do tempo.
Atuou orientando médiuns e Centros Espíritas, reconciliando cônjuges, reequilibrando lares desarmonizados, consolando corações, evitando suicídios e esclarecendo Espíritos sofredores.
Estudiosa da Doutrina Espírita, na Codificação alicerçava todo seu trabalho, seguindo fielmente as prescrições de O livro dos médiuns, no exercício da própria faculdade.
Deixou um legado de extraordinárias obras:
Memórias de um suicida (1954)
Nas telas do infinito (1955)
Amor e ódio (1956)
A tragédia de Santa Maria (1957)
Nas voragens do pecado (1960)
Ressurreição e vida (1963)
Devassando o invisível (1964)
Dramas da obsessão (1964)
Recordações da mediunidade (1966)
O drama da Bretanha (1973)
Sublimação (1973)
O cavaleiro de Numiers (1975)
Cânticos do coração – v. I e II (1994)
À luz do Consolador (1997)
Um caso de reencarnação (2000).
Yvonne retornou ao Mundo Espiritual no dia 9 de março de 1984, tendo desencarnado no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.
Bibliografia:
1.À luz do Consolador – Yvonne A. Pereira, ed. FEB.
2.Devassando o Invisível – Yvonne A. Pereira, ed. FEB.
3. Recordações da mediunidade – Yvonne A. Pereira, ed.FEB.
4. Um caso de reencarnação – eu e Roberto de Canallejas –Yvonne A. Pereira, ed. Societo Lorenz.
5.Yvonne Pereira, uma heroína silenciosa – Pedro Camilo, ed. Lachâtre.
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